O Benfica pretende que seja aberto um inquérito à acção da Polícia de Segurança Pública (P.S.P.) do Porto, no clássico deste domingo. Os responsáveis do clube encarnado defendem que a escolta aos seus adeptos foi feita de forma deficiente.
«O Comando da P.S.P. do Porto tudo fez para que os adeptos do Benfica cumprissem, em hora e meia, um trajecto que, em circunstâncias normais, levaria 20 a 30 minutos a percorrer, sem que nada o justificasse. Esta situação lamentável fez com que a maioria dos adeptos só entrasse trinta minutos após o início do jogo. Muitos outros só no intervalo», referia o comunicado, assinado pelo presidente Luís Filipe Vieira e lido pelo director de comunicação, João Gabriel. «Foi notório, pelos muitos testemunhos que continuam a chegar, a tentativa deliberada, por parte de quem comandava as operações, de atrasar a entrada dos adeptos do Benfica no Estádio do Dragão», acrescenta-se ainda.
Para além dos problemas com a entrada dos adeptos, o Benfica contesta ainda a forma como foi feita a revista: «Foi efectuada por um número manifestamente insuficiente de stewards e revestiu-se de situações de todo vexatórias para os nossos sócios e adeptos. Muitos foram obrigados a descalçar-se sobre o piso molhado.»
O Benfica entende que houve «total inoperância» do Comando da P.S.P. do Porto na recepção aos 2500 adeptos do Benfica, pelo que enviou o comunicado ao Comando Nacional e também ao Ministério da Administração Interna. «É incompreensível que um comando aja de forma autónoma. Não pode agir de acordo com a posição geográfica nem estar ao serviço de clubes», acrescentou João Gabriel, para além da leitura do comunicado.
Em relação à polémica grande penalidade que deu o empate ao F.C. Porto, o director de comunicação do Benfica defende que «não há frase que mostre o que a televisão mostrou». «Nem daqui a 50 anos as imagens serão apagadas», reiterou.