O Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol deu razão ao empresário Paulo Barbosa num diferendo com o Benfica e revogou o cancelamento da licença de agente FIFA, antes decretado pelo Conselho de Disciplina.
Na prática, a decisão do CJ permite a Paulo Barbosa voltar a exercer a actividade de agente de jogadores, algo que o acórdão do CD impedia.
O processo remonta à transferência de Miguel para o Valência. Um episódio polémico, que levou o Benfica a fazer queixa de Paulo Barbosa na FPF. Um comportamento que o Gil Vicente imitou, a propósito da saída de Jorge Ribeiro.
O CD deu razão aos clubes e puniu Paulo Barbosa. Agora, meses depois, o CJ vem declarar «parcialmente procedente» o recurso do agente, que poderá retomar a actividade, mas terá de pagar uma multa de dez mil euros.
No entender do CJ, Paulo Barbosa cometeu três infracções disciplinares (deu uma entrevista ao «Correio da Manhã», não forneceu documentos pedidos pelo CD e não colocou o seu nome no contrato de Jorge Ribeiro) ao longo da trasferências dos dois jogadores. Mas nenhuma delas grave. Logo, insuficientes para o impedir de exercer a função de agente FIFA, como era pretendido por Benfica e Gil Vicente.