O primeiro toque, com o pé esquerdo, foi para ganhar ângulo. Para deixar a bola mais longe do adversário e ficar com ela a jeito de um remate. O olhar saiu do chão, passou momentaneamente pela posição do guarda-redes, que lhe ficou gravada numa memória instantânea. Depois, Talisca, o melhor marcador jovem na Europa, meteu o pé na bola de novo e arrancou um grande golo no Estádio da Luz
 
O brasileiro tinha sido extremo-esquerdo, ia ser segundo avançado, mas foi como médio que teve novo momento alto com a camisola encarnada.
 
A exibição coletiva e individual estava longe do brilhantismo, pelo que o golo, só por ele próprio, ganhava relevância na jornada. No final, o 1-0 iria garantir a liderança isolada ao campeão nacional. Para lá disso, afastou os maus espíritos da derrota em Braga. E lançou o baiano para o topo dos goleadores do campeonato, apesar das ameaças que não param de surgir.
 
Porém, o momento de Talisca não foi «apenas» importante. Foi igualmente belo. Um remate perfeito, colocado, em arco. Um pontapé certeiro e que obrigou os rivais a responderem no dia seguinte: o Sporting falhou, o FC Porto e Brahimi não