Carlos Martins

Cirúrgico. O Sp. Braga ainda tremeu nos minutos iniciais, mas há medida que os minutos foram correndo, foi consolidando os seus processos defensivos, reorganizou-se e conseguiu afastar, por alguns metros, a pressão vermelha da zona de finalização. Foi nesta altura que apareceu Martins com o seu forte remate. Colocou Felipe por duas vezes à prova, a segunda delas para uma defesa de grau elevado de dificuldade. Também se mostrou na marcação de livres e, num deles, cruzou na perfeição para o segundo poste onde Luisão não chegou por muito pouco a uma bola que trazia o selo de golo. Demorou a aparecer na segunda parte, à imagem do Benfica, mas, paciente, esperou para aparecer no momento certo para finalizar com êxito a melhor jogada do ataque do Benfica. Acabou um jogo com um toque de classe a lançar Coentrão para o que podia ter sido o segundo golo.

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Kardec

Jogo típico de um estreante que quer mostrar serviço. Entregou-se ao jogo de corpo e alma, num forte contraste com Cardozo, a romper na área em velocidade, a acudir às aberturas de Aimar e Martins. Os primeiros minutos foram fulgurantes e esteve perto de conseguir um golo, com um remate colocado junto ao poste. Mas à medida que o Benfica foi recuando, pressionado pelo Braga, Kardec foi ficando mais distante da bola. Não se deixou ficar e também recuou, dando vida nova ao flanco direito, procurando explorar as fragilidades em Elderson evidenciou no mesmo corredor. Acabou por deixar o relvado, perto do final, no carro-maca, lesionado.

Aimar

Descansou frente ao Marítimo, ainda jogou alguns minutos em Gelsenkirchen e apareceu hoje fresquinho que nem uma alface. Com o «maestro» nestas condições, o Benfica toca outra música. Jogou solto, com total liberdade para procurar espaços vazios e abrir novas linhas de passe. Passou muito tempo de braços levantados, destacado, a pedir a bola. Quando a recebia, decidia rápido, com fortes arranques e rápidas combinações a destroçar a bem organizada defesa contrária. Mas há medida que o Benfica se ia afastando da baliza de Felipe, o argentino tinha mais metros para correr e foi perdendo a frescura que apresentou na primeira parte. Mas ainda foi ele que deu início e desenhou o lance que acabou no golo que decidiu o jogo.

Felipe

Os guarda-redes também brilham e Felipe brilhou de forma intensa esta noite. Entrou cedo no jogo para travar um Benfica guloso que jogava bem perto da sua baliza. Carlos Martins foi o primeiro a colocar o brasileiro à prova, mas foi Saviola que lhe lançou o desafio mais complicado, com um remate de difícil intercepção, mas Felipe voou na altura certa para afastar a bola com uma palmada. Na segunda parte teve menos trabalho e no lance do golo, com um remate à queima-roupa, pouco podia fazer.

Paulão

Entrou para render o lesionado Rodríguez e acabou por ser um dos elementos mais activos da defesa minhota. Com dois ou três passos, estilhaçou muitas das tabelinhas que o Benfica procurava fazer à entrada da área. Mas não se limitou a destruir o jogo encarnado. Interceptava a bola e saia com ela a jogar, dando início aos melhores ataques do Sp. Braga, apanhando o Benfica em contra-pé.

Confira a ESTATÍSTICA do jogo.