Rúben Dias admitiu que é um futebolista «agressivo» porque isso «faz parte do dever e da posição» que ocupa em campo. O central do Benfica acrescentou, porém, que é um jogador «honesto», sem intenção de magoar adversários.

O defesa encarnado respondeu desta maneira a uma pergunta colocada pelo canal do clube, relativa aos episódios em que foi acusado [por rivais e instâncias disciplinares] de ser violento.

«Quem me conhece sabe o tipo de jogador e de pessoa que sou, se há coisa que sou quando jogo, e quando estou em campo, é honesto», frisou Rúben Dias.

O defesa argumentou depois: «Claro que sou agressivo, faz parte do meu dever, da minha posição, do jogador que quero ser, mas nunca com uma intenção de magoar, sempre com a intenção de jogar a bola. As pessoas por vezes levam para o lado que lhes convém. Diria que faz parte.»

Rúben Dias garantiu que essa situação não o afetou, mas recordou também que quando soube que ia estrear-se pela equipa principal frente ao Boavista ficou algo nervoso.

«Já foi bem tarde, perto do jogo, o Lisandro ia ser o titular, mas, se bem me lembro, acho que foi no almoço que ele se sentiu mal e aí eu apercebi-me que poderia eventualmente ser chamado», começou por contar.

«Não era um jogo fácil, os níveis de concentração subiram, a pressão começou a sentir-se, mas aconteceu tudo de maneira natural e de certa forma estava preparado», narrou, para revelar algum nervosismo «normal, mais pelas circunstâncias».

No mesmo espaço, o central chamado pelo selecionador Fernando Santos para o Mundial 2018 explicou que teve de trabalhar certos aspetos para se adaptar a jogar pelo lado esquerdo do eixo da defesa, quando partilhou campo com Luisão.

«Tenho um número mais elevado de jogos como central pela direita, mas ao longo da formação sempre fui pisando dos dois lados, senti-me confortável, nunca foi uma grande dificuldade jogar como central à esquerda», começou por dizer.

Rúben Dias declarou depois que há várias coisas que são diferentes, quando se troca de um lado para o outro. «Muda, muda. O lado em que se joga está diretamente relacionado com o pé preferido, e só isso, na saída a jogar, já obriga a trabalho específico. Há outra coisa muito importante que é a noção do espaço, para onde se olha. A adaptação, mais fácil ou mais difícil, passa muito por aí.»