O cartaz dizia que o jogo era de pré-época, mas o que se viu, no relvado do Estádio Algarve, esteve longe de ser um daqueles jogos enfadonhos, antes do arranque das competições oficiais.

O Benfica venceu. E venceu bem, por uns claros 4-1 que espelham bem a superioridade dos encarnados, em especial na primeira parte.

Quem visse de fora, sem conhecer o calendário futebolístico, dificilmente diria, de resto, que este Benfica ainda está a preparar a nova temporada, tal a qualidade apresentada.

O à-vontade dos jogadores é evidente: a fórmula do ano passado, com uma pressão alta logo na saída dos adversários, mantém-se, mas com um grande acrescento no ataque – Di María.

O extremo argentino, que regressou ao Benfica, foi um dos melhores em campo e culminou essa boa exibição com um grande golo, ao minuto 23.

Di María recebeu um passe de Rafa, entrou na área, fintou um defesa e, com toda a classe, picou a bola para o fundo das redes.

Mas antes do golo, a história até podia ter sido um pouco diferente.

É que o Al Nassr, que foi perdendo gás ao longo da primeira parte, teve uma boa chance para marcar na primeira jogada do encontro.

Ghareeb arrancou pela esquerda e só parou na área, onde serviu Talisca. O remate do brasileiro, que já jogou no Benfica, levava a direção da baliza, mas foi cortado a tempo por João Neves.

Esse grande início dos sauditas não assustou os encarnados que, ainda antes do golo de Di María, tiveram um par de boas chances para marcar.

Com Rafa no apoio a Gonçalo Ramos e Neres e Di María a jogar nas alas, o Benfica foi sempre uma equipa com grande pendor ofensivo. Jurásek e Bah também iam ajudando nesse carrossel que resultou em mais dois golos ainda na primeira parte.

Ramos, que até foi notícia hoje por poder estar de saída do Benfica, bisou com golos aos 32 e 39 minutos.

O primeiro envolveu uma jogada entre Di María e Rafa, finalizada com um chapéu do jovem ponta de lança, e o segundo teve assistência de Bah, numa excelente recuperação de bola do dinamarquês, ainda no meio campo ofensivo.

Mesmo tendo mostrado poucos argumentos, o Al Nassr haveria de conseguir reduzir, num contra-ataque rapidíssimo. Talisca desmarcou Khalid que, com Vlachodimos pela frente, não vacilou (42 min).

Mas nem tudo foram rosas para o Benfica. Apesar de continuar a mostrar-se a um bom nível, a segunda parte dos encarnados não teve o brilhantismo da primeira.

Schmidt trocou os 11 titulares, o que justificará essa quebra: foi a oportunidade para ver nomes como João Victor, Schjelderup ou Tomás Araújo.

De resto, foi dos pés do norueguês que saiu o quarto golo dos encarnados.

Ristic, que também entrou para o lugar de Jurásek (bom jogo do reforço), fez um primeiro remate defendido por Nawaf e a bola sobrou para Schjelderup que só teve de encostar (68m).

O resultado estava feito. Para a história do jogo, fica uma excelente primeira parte deste Benfica.