O guarda-redes internacional português Beto voltou a falar sobre os penáltis que defendeu frente ao Benfica, na final que as águias perderam para o Sevilha, na época 2013-2014, e que lhe custou ameaças de morte.

«A malta queixou-se muito de que eu dei dois passos à frente. E eu não vou dizer que não dei. A imagem está lá. Foi o instinto que tive, dei um ou dois passos e defendi. Mas estão lá os árbitros para avaliar. Vi muitos penáltis defendidos por muitos guarda-redes, até do Benfica, em finais da Taça da Liga, com passos à frente», começou por dizer, em declarações ao podcast «4 Cantos do Mundo».

Ainda assim, o jogador de 40 anos, que joga nos finlandeses do HIFK Helsínquia, diz que há situações que não têm justificação, como o facto de ele a família terem sido ameaçados de morte.

«Independentemente de tudo: uma coisa é as pessoas ficarem frustradas, tristes, desiludidas. Isso é normal, o Benfica tinha acabado de perder a segunda final europeia seguida. Eu entendo, a sério que entendo. Mas daí a ameaçarem de morte a minha mãe, o meu filho, a mim... Que raptavam, que matavam… Isso para mim já não tem qualificação», lamentou.

«Isso está muito além do que é o futebol ou gostar de futebol. E, infelizmente, isso aconteceu comigo e acontece ainda jogadores, treinadores, árbitros, jogadores. E é triste. Eu não consegui entender e a minha família também não conseguiu entender. Mas eu não pude ir de férias para Portugal nesse ano. Acham isso normal?», questiona, indignado.