O administrador da SAD do Benfica, Domingos Soares de Oliveira, marcou presença nesta terça-feira na Conferência Tecnológica Web Summit, que está a decorrer em Lisboa até quinta-feira.

Numa conversa circunscrita ao tema do fosso crescente entre clubes ricos e pobres, o administrador dos tetracampeões nacionais apresentou a estratégia que o clube pretende seguir, mostrou-se otimista no futuro, mas admitiu que o cenário não é fácil. «Temos bons jogadores jovens, mas no fim eles seguem o dinheiro. É difícil competir num mercado global. (…) O maior desafio para o clube como o Benfica, e para um país pequeno como Portugal, é manter o talento», frisou, dando os exemplos dos jogadores vendidos este ano a outros clubes. «Perdemos um jogador para o Manchester United [Lindelof], outro para o Barcelona [Nélson Semedo] e outro para o Manchester City [Ederson]. Os salários que auferem são muito mais elevados do que os que auferiam no Benfica.»

À escala europeia, os chamados «grandes» do futebol português são considerados pequenos. «As receitas que podemos gerar em Portugal não são as mesmas que outros clubes europeus conseguem gerar. Num país pequeno como Portugal, temos de ser mais espertos na forma de gerar receitas.»

Nesse sentido, o dirigente referiu que o Benfica tem um plano que passa por explorar novos mercados além-fronteiras, estratégia que já está em marcha na China e cuja estratégia passa pela expansão para Estados Unidos, Inglaterra e Índia. «Ir fora para expandir a nossa marca.»