Kelvin, o herói do clássico FC Porto-Benfica de 2013, olha para o jogo de sábado como uma «final antecipada».

Em entrevista à Agência Lusa, o extremo brasileiro, emprestado pelos dragões ao Vasco da Gama, garante que vai torcer pela vitória dos azuis e brancos.

«Esta jornada é decisiva, sim. O jogo vai ser fora de casa e para o FC Porto vai ser um dos jogos mais importantes, senão o mais importante (da época). Creio que vai ser um grande jogo, mas ainda há depois mais sete partidas. É uma final antecipada», afirmou.

Kelvin ficou na história dos Clássicos ao marcar um golo aos 90+2', que valeu o triunfo e mais tarde o título aos dragões há quase quatro anos. Apesar dos anos que já passaram, o jogador orgulha-se de um «golo histórico» e que «vai ficar marcado para sempre», além de equiparar a situação pontual do duelo de então à do jogo do próximo sábado.

«Vai ficar na história do FC Porto e na do Benfica, porque foi também uma final antecipada na época. Era uma final em que eles estavam na frente e nós conseguimos passar. Essa situação de hoje é a mesma. Vou estar sempre a torcer pelo FC Porto para vencer ao Benfica», disse

O extremo disse ainda que vê o grupo unido e atribuiu uma parte importante do sucesso ao treinador Nuno Espírito Santo, com quem não conviveu durante muito tempo mas mereceu-lhe elogios.

«A equipa está muito unida. Estive lá em dezembro e senti isso. Todo o mundo "comprou" a ideia do treinador. É uma equipa muito fechada e centrada naquilo que quer. Quando estive lá, participei em algumas reuniões da equipa e vi que o treinador estava mesmo focado em conseguir o título. Já se sai do último treino com "sangue nos olhos", querendo entrar logo em campo. Nem era titular na época em que fiz o golo e já sentia isso dentro de mim. Tenho a certeza de que agora também os jogadores estão com "sangue nos olhos" para vencer»

«Estive lá pouco tempo, apenas um mês, mas foi um treinador muito sincero comigo. Não o conhecia, só conhecia mesmo dos outros clubes por onde tinha passado. Alguns jogadores falaram-me que era uma pessoa boa, humilde e muito trabalhadora, e foi isso que vi nele. Ele sabe ouvir toda a gente e fiquei com uma boa impressão», sublinhou.