Euforia e boa disposição. Foram estas as notas dominantes entre os sentimentos de inúmeros adeptos que se deslocaram ao Estádio da Luz para comemorar o dia do benfiquista. 

Milhares de sócios e simpatizantes do Sport Lisboa e Benfica juntaram-se hoje (domingo) em redor do «seu» estádio e viveram momentos de alegria e diversão. Desde os carrosséis para os mais novos aos espectáculos de folclore e fado para os mais velhos, as opções eram mais que muitas para passar um bom dia. 

Na tarde em que os jogadores regressaram do Torneio Carlsberg, na Irlanda do Norte, três pólos de interesse centraram as atenções dos adeptos junto ao estádio: a sala de imprensa, onde se deslocaram Sabry, Enke, Maniche, Miguel e Moreira para uma sessão de autógrafos; a porta da garagem, de onde os restantes jogadores saíam nos seus próprios veículos; e a porta principal, junto à estátua de Eusébio, tendo em vista o acesso ao museu do clube. 

Outro dos locais de culto para os simpatizantes benfiquistas era o interior do Estádio da Luz. Com as bancadas do topo sul abertas ao público, muitos foram os adeptos que entraram pela primeira vez no estádio do seu clube. 

No entanto, a confusão não se limitava a estes pontos. A rua que dá acesso à loja do Benfica, por debaixo do antigo 3º Anel, mais parecia um passeio com carros e bancas de comida de um lado e do outro. Farturas, bifanas, pregos, cachorros, pães com chouriço, gelados e até tremoços e amendoins. Tudo se podia encontrar nas roulottes de comes e bebes. 

Pouca corrida aos bilhetes 

À venda estão já os bilhetes para o jogo de apresentação aos sócios contra o Aston Villa, que se realiza no próximo dia 11, às 21 horas. Os preços situam-se entre os 6.000 escudos, para a bancada central, e os 1.000 escudos para sócios reformados. No entanto a única bilheteira aberta estava situada num local bastante escondido, por detrás das roulottes. 

Segundo o funcionário do clube que ali se encontrava de serviço, a afluência de sócios foi hoje o mais normal possível. «Só para a próxima semana está previsto um aumento significativo na venda dos bilhetes», referiu. 

Negócio mais fraco 

Mais acima, em frente à loja do clube, estava situado o palco onde decorriam os cantares e as danças tradicionais. Grupos de folclore regionais, integrados nas comitivas das casas do Benfica espalhadas por todo o país, mostravam os seus dotes e alegravam os simpatizantes mais idosos. Tábua, Évora, Aveiro, Alto Tâmega, Fundão, Peso da Régua e Paredes fizeram-se representar no Estádio da Luz pelas suas casas. 

A Casa do Benfica de Évora, por exemplo, trouxe para esta comemoração os fados e cantares alentejanos, bem como os queijos e chouriços daquela região. Esta casa tem actualmente cerca de 800 sócios e a sua principal actividade é organizar excursões para os locais onde joga a equipa benfiquista. A preços mais acessíveis, claro. 

«O objectivo da nossa presença aqui é fomentar o benfiquismo e simultaneamente mostrar os produtos da nossa região», disse ao Maisfutebol Carlos Cabeça, o presidente da casa eborense. 

Cabeça referiu ainda que este ano o negócio está mais fraco. «Fomos colocados num sítio menos acessível», salientou. 

No campo nº 2 do complexo benfiquista foi montado um palco gigante, onde actuam esta noite, a fechar a festa, Paulo Gonzo e o grupo português Mind da Gap. Para antes dos concertos estava previsto o lançamento de 120 000 balões. O objectivo era bater o recorde ibérico da «especialidade».