As tochas lançadas pelos adeptos do Benfica a seguir ao golo de Nico Gaitán no Vicente Calderón estão a dar que falar em Espanha, com destaque para os alegados ferimentos provocados numa criança de dois anos que terá sido atingida por um dos engenhos pirotécnicos. O acompanhante da referida criança conta, num relato à rádio «Marca», em «medo» e num momento que «roçou a tragédia».
 
«O jogo estava a decorrer como uma festa. O Atlético estava a ganhar, o miúdo estava contente e, quando o Benfica marcou, os adeptos do Benfica começaram a subir por uma pequena rede. Os seguranças não fizeram nada para o evitar», começa por contar Rúben, filho do padrinho de Sérgio, a criança que ficou com queimaduras.
 
«Quando começaram a cair as tochas, vimos que uma caiu nas costas do miúdo. Tirei-a do assento, mas ficou presa. Continuaram a cair tochas e uma senhora que estava ao nosso lado passou-me uma garrafa de água que usei para apagar a tocha», prosseguiu Rúben.
 
Rúben e Sérgio foram depois levados para outra zona do estádio. «Só tem queimaduras na zona dos calções e na camisola. Vi a vida a passar-me à frente dos olhos. Roçámos a tragédia. Foi o primeiro jogo que levámos o miúdo, e não se se foi o último. Depois fomos para trás da zona dos bancos, mas estávamos mortos de medo», contou.
 
Apesar de tudo, os ferimentos de Sérgio não foram graves. «Ele agora está bem. Ficou com a roupa queimada, mas está a fazer a vida normal. Acordou ainda assustado, mas agora está na escola», destacou ainda o familiar de Sérgio.