Rui Vitória não quer ouvir falar em barreira psicológica nos jogos fora de casa e, salvaguardando o máximo respeito pelo Atlético Madrid, garante que o Benfica vai jogar esta quarta-feira no Vicente Calderón para ganhar
 
A verdade é que o Benfica ainda não venceu esta temporada longe da Luz, aliás, ainda não marcou um golo fora de casa. «Não há questão psicológica nenhuma. Entramos em todos os jogos para vencer, isso que fique claro, sem qualquer falta de respeito para com o adversário. Daqui por uns dias pode-se falar ao contrário, dos golos fora de casa do Benfica. Também não me importo nada como dezasseis golos marcados, nem com as goleadas que já fizemos. Amanhã é um jogo de cariz diferente, vamos fazer tudo para levar os três pontos», comentou.

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Uma intenção que não vai ser fácil de concretizar tendo em conta os números que o Atlético Madrid apresenta em casa. Nos últimos 24 jogos, somaram 21 vitórias e, na última temporada, venceram os três jogos em casa da fase de grupos. Mesmo assim, Rui Vitória não quer ouvir falar num empate. «Não gosto de analisar as coisas assim. Só com o respeito que temos pelo Atlético Madrid, que é uma equipa forte, é que podemos aspirar em vencer. Existem três fatores para vencermos este jogo», destacou antes de enumerar a receita para vencer no Calderón.

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«Um é a disponibilidade dos jogadores para o jogo que tem de ser total, têm de estar na red line, não só em termos físicos, mas também psicológicos. A segunda é a concentração que tem de ser máxima em todos os minutos do jogo. A terceira parte é a inspiração. Estes três vetores são determinantes para qualquer das equipas vencer o jogo. Em relação à inspiração, também temos jogadores que podem resolver o jogo», atirou.

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Minutos antes, Jonas referiu-se ao Atlético Madrid como uma equipa «agressiva», mas Rui Vitória fez questão de explicar que a agressividade, neste caso, traduz-se por competitividade e intensidade e não por maldade.
«Muitas vezes em Portugal fala-se em agressividade, mas digo isso do Atlético porque é um adversário difícil de bater, não tem nada a ver com maldade. É uma equipa difícil, competitiva, intensa e difícil de bater», referiu.

Trata-se, acima de tudo, de uma questão de respeito. «Temos consciência do valor deles. Estamos preparados para isso, mas não temos esse conceito de agressividade. É uma equipa difícil, competitiva, intensa, que nos vai criar problemas, mas estamos preparados e vamos enfrentar o desafio dessa forma. Só reconhecendo muito bem o valor do adversário, não tendo problemas de o assumir, é que podemos colocar as nossas armas em campo. Respeitamos o Atlético, tal como eles nos respeitam a nós, porque o Benfica tem agora uma dimensão internacional», acrescentou ainda o treinador.

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