O Benfica comunicou esta quarta-feira à CMVM que apresentou um resultado positivo de 4,2 milhões de euros no exercício encerrado a 30 de junho.

No Relatório e Contas enviado à CMVM, a SAD encarnada revelou desta forma que regressou aos lucros na época passada, após dois exercícios negativos: 35 milhões de euros de prejuízo em 2021/22 e 17,4 milhões de euros de prejuízo em 2020/21.

Com este regresso aos resultados positivos, a SAD do Benfica retoma uma tendência de lucros que se tinha iniciado em 2013/14 e que foi apenas interrompida nas duas épocas referidas.

Receitas com valores recorde na história da SAD

A alavancar este bom resultado financeiro esteve sobretudo o crescimento das receitas, que atingiram o valor de 284,7 milhões de euros com transações de jogadores (aumento de quase 22 por cento em relação à época anterior) e o valor de 195,8 milhões de euros (aumento de 15,6 por cento) sem incluir as transações de jogadores.

Estes números representam valores históricos para a SAD, sendo o maior resultado de sempre no Benfica em receitas sem contar transações de jogadores e o segundo maior resultado de sempre contando com transações.

A sociedade registou, alias, um crescimento em todos os aspetos: cresceu 8,9 milhões em prémios da UEFA (a equipa chegou aos quartos de final da Champions), cresceu 5,8 milhões em bilhética (o regresso da Eusébio Cup, frente ao Arsenal, significou um rendimento próximo de dois milhões de euros), cresceu 3,7 milhões em patrocínios e cresceu 2,7 milhões em corporate.

60 por cento das receitas chegam do mercado internacional

Significativo para o funcionamento da SAD é que cerca de 60 por cento das receitas chegam do mercado internacional: ou seja, 60 por cento da receitas vem de, por exemplo, patrocínios com marcas estrangeiras (Emirates, Socios ou Betano), de prémios da UEFA e de transferências de jogadores para o clubes internacionais. O que dá uma ideia do peso deste mercado na vida da SAD.

Despesa também cresce, mas muito menos: 2,2 por cento

Refira-se, já agora, que a despesa também aumentou, mas num valor bem inferior: com transações de atletas atingiu os 271 milhões (aumento de 2,2 por cento) e sem transações de atletas atingiu os 245,8 milhões (aumento de 1,3 por cento).

Há ainda a destacar que o ativo subiu para 557,8 milhões de euros, o que significa um crescimento de 4,5 por cento. A SAD encarnada tem agora, portanto, capitais próprios positivos de 113,2 milhões de euros (mais 3,9 por cento).