João Félix dá neste domingo uma extensa entrevista à Marca, na qual fala de vários assuntos. Um dos quais, por exemplo, os sentimentos que o invadiram depois de marcar no Dragão, com a memória dos anos passados no FC Porto na mente.

«Sim, é difícil explicar o que senti. Estava à procura daquele momento e foi muito especial para mim e para meus pais. Mas não foi o golo mais especial até agora. Foi importante porque foi um jogo grande, mas houve e haverá outros golos importantes», começou por dizer, antes de explicar o festejar.

«Eu gosto de Mbappé como jogador e gosto da comemoração que ele faz dos golos [deslizando no relvado de braços cruzados]. Pensei que era o melhor momento para fazer isso. Neste momento Mbappé é o avançado que eu mais admiro.»

João Félix define-se, de resto, como «um jogador inteligente».

«Eu gosto de ter a bola e marcar golos, como todos os jogadores, claro. Vejo muito futebol em casa e vejo um pouco de tudo: Liga dos Campeões, Liga Espanhola, Liga Inglesa. Pessoalmente sou um pouco tímido quando não tenho muita confiança, mas assim que ganho essa confiança sou divertido e muito brincalhão», acrescentou.

E quem são os ídolos de João Félix?

«Kaká. E Rui Costa no futebol português. Não me lembro muito do jogo de Rui Costa, mas já vi vídeos e identifico-me com ele», respondeu, elegendo «a inteligência» como o ponto forte do seu jogo e a capacidade física como o ponto que tem de melhorar. «Ainda sou muito jovem. Tenho 19 anos e muito espaço para melhorar, especialmente em termos físicos.»

O jovem de 19 anos admite, de resto, que nos últimos dois meses as coisas aconteceram muito depressa na vida dele.

«Este é o meu melhor momento da carreira e espero que dure muito tempo», começou por frisar.

«Às vezes sinto que as coisas estão acontecer demasiado rápidas. Especialmente nesses dois meses, tudo aconteceu muito rápido e eu não tive tempo de parar para pensar sobre o que estava a acontecer comigo. Quando alguma coisa acontece, logo surge outro jogo e quase me esqueço do que aconteceu.»

O avançado admite até que ainda está a tentar aprender a lidar com a fama.

«No começo foi difícil, mas com o passar do tempo e com a ajuda de algumas pessoas aprendi a conseguir gerir melhor a fama. As pessoas param-me muito mais na rua. Pressão? Não é pressão, mas sinto a responsabilidade de ser visto como exemplo e vou fazer o melhor para continuar a ser visto assim.»