É difícil recordar um Yannick Djaló que sorria tanto como o atual.

Em entrevista ao
Maisfutebol em direto dos Estados Unidos, por
Skype , o avançado afirma-se um homem de bem com a vida e sem mágoas no coração.

Não lamenta as poucas oportunidades que teve no Benfica, diz que as coisas simplesmente não correram bem, e não está melindrado com a forma como saiu do Sporting ao fim de onze anos.

Pelo caminho acrescenta que raramente se sentiu tão confiante e quando está assim alimenta todos os sonhos: por isso não deixou de pensar na seleção nacional.

Uma entrevista de um homem feliz e de coração aberto, para ler na íntegra.


Fez cinco jogos em metade da época no Benfica, apenas um como titular. Gostava de ter tido mais oportunidades?
Tenho em conta esses números, claro que gostava de ter tido mais oportunidades. Até porque tinha muita vontade de poder triunfar e justificar a aposta que fizeram em mim. Mas infelizmente não foi assim. No futebol não há muito tempo para ficar a lamentar, temos de olhar logo em frente e foi isso que eu fiz. Tive a oportunidade de vir para os Estados Unidos e estou a fazer o meu melhor.


Sente que o facto de ter vindo do Sporting o prejudicou?
Não vejo as coisas dessa forma. Se fosse assim também não me tinham ido buscar. Acredito que não fui aposta do treinador apenas porque a partir de um certo momento preferiu outros jogadores. O futebol é assim e há que respeitar as decisões.

Torce pelo Benfica à distância?
Torço sim. Torço porque o Benfica tem excelentes profissionais, tem gente muito boa a trabalhar no clube e são meus amigos. Torço sempre pelos meus amigos.

E o Sporting? Segue com atenção o Sporting?
Sigo o Sporting, claro. O Sporting é um clube que me marcou e irá marcar-me para sempre porque cresci no Sporting. Fico feliz por saber que o clube está a evoluir, até para o campeonato português é importante ter um Sporting forte. Acho que vai fazer um excelente ano e vai ser uma liga muito competitiva.

O final do seu tempo no Sporting representou provavelmente o período mais difícil da sua carreira. Há aí alguma mágoa relativamente ao Sporting?
Não, nenhuma. Não tenho tempo para estar com mágoas. Preocupo-me em olhar para a frente e para o caminho, e não para o que se passou. Faço uma pequena reflexão sobre isso e a frio sei que já passou muito tempo para guardar mágoas. O Sporting deu-me muita coisa, não posso estar a culpabilizar o Sporting por seis meses. Tudo o que o Sporting me deu, nunca conseguirei pagar.


Foi muito?
Desde os 14 anos que estava no Sporting. Pude fazer-me homem, ser um melhor ser humano e tornei-me futebolista profissional no Sporting. Portanto isso é impagável.

O Yannick está com 28 anos, na seleção está um treinador que bem o conhece, ainda sonha com um regressa à seleção nacional?
Sem dúvida. Tenho uma ambição muito grande neste momento, por estar muito confiante por sentir que posso render muito mais. Representar a seleção sempre foi um dos meus objetivos e estou a trabalhar para que o selecionador possa estar atento ao meu trabalho. Conto ainda escrever uma página bonita na minha carreira e representar mais vezes a seleção nacional.