Rui Vitória foi questionado sobre as substituições que fez no clássico com o FC Porto, particularmente com as saídas de Rafa e Cervi para as entradas de Salvio e Samaris, tendo garantido que não foi por isso que a equipa perdeu.

O treinador irritou-se muitas vezes durante a conferência de imprensa, respondeu com ironia e até bateu com a mão na mesa. Pelo caminho fez questão de lembrar que muitas vezes já fez alterações que terminaram em vitória.

«As substituições valeram em Chaves, em P. Ferreira, em Setúbal, em tantos lados. Li em qualquer lado que 17 golos do Benfica vieram do banco. Por isso eu sou o primeiro a valorizar os jogadores quando eles entram, mas espera aí, calma: quando os jogadores entram e mudam o jogo também são metidos por alguém. Então e aí não vale?», atirou.

«As substituições são o que são. O futebol é fantástico. Fantástico, de facto. O treinador que aqui no clássico tinha feito as melhores substituições passados três dias fez más substituições. Sabe qual foi a diferença? A diferença é que aqui marcou um golo aos 90 minutos e em Alvalade sofreu um golo aos 87 minutos.»

Rui Vitória diz que as substituições são boas ou más por pormenores e que muitas vezes isso não tem nada a ver com a forma como foram pensadas: até porque foram bem pensadas, só que um golo muda tudo.

«Antes da derrota com o FC Porto fizemos nove vitórias seguidas, alguém questionou as minhas substituições? Muitas delas deram golos e deram vitórias. Assumo tudo o que faço, assumo tudo o que fiz no jogo passado e assumo o que fiz antes. Já foram 17 golos vindos do banco. Alto lá: esta semana fiz 48 anos, não são 18. Não brinquem comigo», disse.

«Tenho muita experiência disto. Algumas vezes sai bem, outras sai mal, mas saiu muitas bem. Basta ver o que aconteceu na semana passada. Um golo aos 90 minutos, o treinador fez tudo bem, três dias depois já fez tudo mal, já meteu um central e não sei quê. Então como é, viramos tudo ao contrário? Agora as substituições não são boas? Enfim, siga.»