São vários os exemplos de jogos nesta temporada em que Rui Vitória abdicou do habitual sistema de dois avançados.

No último encontro, em casa do V. Guimarães, os encarnados apresentaram-se com um meio-campo composto por Fejsa, Pizzi e Krovinovic.

Estará o 4x3x3 mais próximo de tornar-se no plano A do Benfica? «Muitas vezes temos duas formas de poder montar o modelo de jogo numa equipa. Uma: seguimos o modelo de jogo definido pelo treinador e os jogadores adaptam-se a esse modelo. Outra: aproveitar em alguns momentos as características dos jogadores e potenciá-las», começou por analisar.

«Para mim, o sistema é pouco significativo. Muito mais importante do que isso são os princípios, as ideias e a forma como se quer jogar. Este ano entendemos em vários momentos que era benéfico um maior reforço daquela zona», acrescentou antes de lembrar o sucesso que o 4x4x2 trouxe em outras ocasiões.

«Muitos dos momentos bons que temos passado ao longo destes dois anos foram conseguidos com dois avançados. Tem a ver com fases, com momentos. E isto também revela uma outra riqueza dos nossos jogadores, que é a capacidade de, de um momento para o outro e com alguma facilidade, fazermos um transfer de um sistema para o outro.»

O treinador do Benfica terminou a análise com uma analogia curiosa: «O maestro pede uma nota de música e eles... dão-na. Esta é a riqueza que um plantel tem.»