O Benfica parte para a jornada a cinco pontos do líder FC Porto, que tem apenas um empate na Liga. Rui Vitória admitiu que os pontos fazem dos rivais um líder justo, mas que é preciso alguma cautelas com as análises que se fazem a meio dos campeonatos. O técnico também explicou o porquê de um início irregular.
«Se o FC Porto é um líder justo? Quem está na frente tem sido o melhor em termos pontuais, é um facto. Agora, é preciso alguma atenção às análises parcelares», declarou.
A argumentação do treinador do Benfica veio imediato: «Em Portugal estamos a viver uma análise estratosférica e depois catastrófica. Viramos as opiniões com muita facilidade. Não estou a dizer que seja o caso, estou a dizer que quem está na frente está a somar pontos, mas no final é que se vê. Já houve equipas que recuperaram pontos, outras que perderam, e não estou só a falar da minha equipa. É assim. Isto é uma maratona, um combate de boxe, no final vê-se quem ganha.»
Ora, para o FC Porto ser líder isolado, significa que o Benfica perdeu pontos. Sete em dez jornadas, para ser-se preciso. O técnico foi questionado sobre as razões para tal irregularidade.
«Nos 10 jogos anteriores, de campeonato, houve uma série de aspetos que podem ter contribuído para isso», concedeu.
«Não há objetivamente algo a que se possa atribuir uma causa, mas, genericamente, deve-se a uma alternância de jogadores que têm estado dentro e fora por lesões, a um início de época que não foi igual para todos e um ou outro problema que tivemos, a analisar o processo defensivo», justificou.
«Queremos melhorar o que não fizemos bem nestes 10 jogos», garantiu, para atirar: «Vamos estar prontos para o resto do campeonato. Há muita gente a querer ter aquilo que nós conquistámos. Mas nós vamos defendê-lo.»
Para tal, as águias necessitam de melhorar a performance fora do Estádio da Luz. Rui Vitória relativiza os resultados anteriores fora de casa.
«Quando cheguei aqui, era porque não marcávamos fora e depois fizemos o recorde do Benfica de triunfos longe da Luz, creio», respondeu.
«É preciso analisar muitas vezes o processo, aquilo que assistimos no jogo de Manchester foi um processo muito positivo que por infelicidade não faz golos e não ganha», considerou.
«São dados factuais, percebo que questionem, mas temos de ter noção uma série de variáveis. Não estou nada preocupado como não estava quando batemos esse recorde. A história dos campeonatos é essa», concluiu.
