Rui Vitória, treinador do Benfica, em declarações aos jornalistas após o clássico com o FC Porto no Estádio da Luz, ganho pelos azuis e brancos por 1-0:

«Muitas vezes os jogos têm um desenrolar que muitas vezes não dominamos. O jogo foi muito equilibrado. Tivemos ascendente e tivemos uma primeira parte bem conseguida, com uma ou duas oportunidades para poder fazer golos. Na 2.ª parte, o FC Porto reagiu e teve mais controlo da partida, apesar de não ter tido grandes oportunidades de golo.

O resultado ia para o 0-0 - era o que tudo dava a entender - e num lance com dois ressaltos que acabam por ganhar, fazem o golo perto do final. Não me parece que seja justo mas a justiça vale o que vale.

Muitas vezes não se consegue estar ao mesmo nível nos 90 minutos. Na segunda parte, o jogo teve mais agitação, porque houve cansaço acumulado de uma parte e de outra e as trocas.

É evidente que não vou estar aqui a esmiuçar as questões mais táticas. Mas a ideia era ter um jogador que equilibrasse mais por dentro e que pudesse ter uma condução de bola mais segura. Estávamos a perder a bola com alguma facilidade e o Salvio é um jogador que mantém mais a bola e que rompe mais.

Também era um jogador novo e fresco e que iria agitar o jogo de forma diferente. Muitas vezes foi ao contrário, com o Rafa fora e a entrar e a dar outra nuance numa altura em que, com cansaço acumulado, corpos e jogadores diferentes podem teres esses efeitos.

O jogo foi muito equilibrado na minha perspetiva: esteve sempre muito bem disputado, caiu para o lado do FC Porto e podia ter caído para o nosso lado quando o Pizzi teve uma oportunidade na cara do golo aos 43 minutos.»

[Sobre a entrada de Samaris]

«A perspetiva foi atacar de forma diferente, pôr mais peso na zona central. O cansaço estava a vir ao de cima ali e era fundamental ter mais robustez, e atacar de forma diferente com o Seferovic, tendo um jogo mais direto, longo e para ganhar uma segunda bola.

Ao mesmo tempo estarmos sempre salvaguardados na zona central. Jogadores do meio tiveram uma disponibilidade física grande, mas também muito cansaço, nomeadamente o Pizzi e o Zivkovic.»