O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, reiterou neste domingo que está de consciência «completamente tranquila» relativamente aos processos judiciais que envolvem o emblema encarnado.

«A justiça tem de funcionar e há de funcionar. Toda a gente sabe que fui arguido num ou noutro processo, mas não vale a pena especular sobre isso. O que posso dizer, garantidamente, é que tenho a minha consciência completamente tranquila em tudo o que fiz, e na realidade do Benfica que haja alguém que aponte que estive com quem quer que seja, ou subornei quem quer que seja», disse o líder benfiquista, em declarações à comunicação social após o primeiro jogo oficial da equipa feminina, no Estádio da Tapadinha.

Confrontado com as notícias que apontam para uma identificação do hacker que teria roubado a correspondência eletrónica do Benfica, Vieira remeteu para uma posição futura: «Brevemente iremos falar, pois é muito profundo, e as coisas começam a tocar nas extremidades».

«Há coisas que não podemos falar constantemente na praça pública. Temos estado atentos. Deu-se ao luxo de brincar com a saúde das pessoas, e quando chegar a esse ponto...é baixar o nível de tudo e mais alguma coisa. Houve alguém que disse que eu tinha sofrido amnésia», acrescentou o presidente do Benfica.

Vieira defendeu ainda que o Benfica «tem um património como nunca teve e uma estratégia desportiva como nunca se viu neste país». «Isso causa inveja a muita gente. Em vez de tentarem seguir os nossos passos entram por outros caminhos, mas quanto mais nos atacam fora do campo mais força vamos ter», acrescentou ainda, sem responder a uma pergunta sobre a posição do assessor jurídico Paulo Gonçalves, arguido no processo E-toupeira.

Desafiado a fazer um balanço do arranque da época, numa perspetiva transversal do clube, Vieira considerou que o Benfica «arrancou muitíssimo bem a todos os níveis».

O dirigente destacou o apuramento da equipa de futebol para a fase de grupos da Liga dos Campeões e a presença de oito jogadores formados no clube na convocatória da Seleção.

«Como fornecemos a maioria dos jogadores à seleções jovens, pensamos que vamos ter algo inédito, que é a maioria de jogadores na Seleção Nacional», apontou.