Um filme tantas vezes visto esta época, e que voltou a ter um final feliz: o Benfica venceu esta tarde em casa do Rangers, por 1-0, e confirmou o apuramento para os quartos de final da Liga Europa.
Um resultado que é melhor do que a exibição, como tem acontecido uma e outra vez, mas que permite às águias garantirem a presença entre os oitos melhores da segunda competição europeia de clubes.
Marcos Leonardo, a única cara nova
Face ao jogo de há uma semana na Luz, que terminou empatado a duas bolas, Roger Schmidt, técnico das águias, fez apenas uma alteração no onze, no ataque: Arthur Cabral deu o lugar a Marcos Leonardo, ele que já havia sido titular no fim de semana, diante do Estoril.
No Rangers, o treinador Philippe Clémente faz apenas uma alteração face ao onze que jogou de início na Luz: sai Dujon Sterling (que até marcou) para a entrada de Scott Wright. Fábio Silva voltou a ser opção.
As peças do xadrez podem mudar, mas este Benfica continua a ser uma equipa frágil coletivamente, que demonstra dificuldades sobretudo quando enfrenta equipa de maior valia. E nem precisam de ser equipas de topo, porque este Rangers está longe de ser um conjunto de elite.
Os primeiros minutos foram eletrizantes, com um jogo partido, mas talvez não do melhor agrado para ambos os treinadores. No meio-campo, o critério com bola era pouco, e nas zonas de definição também não era brilhante.
O Rangers subiu ligeiramente o nível, mas sem nunca ameaçar verdadeiramente a baliza de Trubin. De tal maneira, que a melhor oportunidade da primeira parte pertenceu aos encarnados, num lance em que Marcos Leonardo e Rafa foram demasiado cerimoniais na hora de atirar à baliza.
Só que isso era curto, muito curto, face à diferença de valia individual das duas equipas. Ainda assim, o cenário piorou.
A formação da casa entrou com outra astúcia para a segunda parte, cercou a baliza de Trubin e foi ameaçando o 1-0 nos primeiros minutos dessa etapa complementar. Do outro lado, e por incrível que pareça, uma equipa com jogadores como Otamendi, Di María ou Rafa mostrava-se bastante intranquila em campo.
Um dado, por exemplo, a ter em conta: à hora de jogo, a posse de bola era de 60-40 a favor do Rangers. A águia estava intranquila, e nem demonstrava ter armas para ferir o adversário num eventual contra-golpe.
Com craques assim dá para ser feliz
Só que quem tem craques como o Benfica tem, arrisca-se sempre a ser feliz – como se tem visto muitas vezes esta temporada, lá está.
Aos 69 minutos, numa transição rapidíssima, Di María serviu Rafa e o avançado português, depois de conduzir durante largos metros, bateu Butland por 1-0 – o golo foi primeiro anulado, mas depois confirmado pelo VAR.
Rafa coloca as 🦅 na frente da eliminatória 😎#sporttvportugal #EUROPAnaSPORTTV #LigaEuropa #Rangers #SLBenfica pic.twitter.com/DutOBQrPBw
— sport tv (@sporttvportugal) March 14, 2024
Não há festa maior no futebol do que o golo, e que bem que fez à águia esse momento: os comandados de Roger Schmidt, já com Kökcü em campo – deu outra qualidade à circulação de bola, assim como Tengstedt esteve mais presente do que Marcos Leonardo – souberam fechar a baliza de Trubin a sete-chaves e, com outra qualidade na definição, podiam ter festejado o 2-0.
Não foi brilhante, quase nunca tem sido em 2023/24, mas o Benfica vai sobrevivendo e já está nos quartos de final da Liga Europa: a sorte conhece-a esta sexta-feira, num sorteio que ainda poderá contar com o Sporting.