O treinador do Benfica, Rui Vitória, na sala de imprensa do Estádio da Luz, após a partida com o Rio Ave, da jornada 21 da Liga 2017/18, que os encarnados venceram por 5-1.

[Sobre se tem sido difícil substituir Krovinovic]

O Benfica tem uma grandeza enorme e estes momentos têm uma dimensão enorme. Temos de ter pés bem assentes na terra. É um trabalho coletivo, em que as dinâmicas estão a impor-se de uma forma natural. Os grandes jogadores em grandes equipas melhoram-nas muito. O Krovinovic estava a começar a este nível e evoluiu muito a este nível. O nosso desempenho foi muito positivo no primeiro tempo, mas tivemos falta de clarividência no último terço. Metemos dinâmica de corredores muito forte. Na segunda parte era manter intensidade elevada e não desfocar. As mudanças rápidas de corredor, o acelerar junto do último corredor com gente a entrar na área, ia acontecer [o golo]. A equipa teve um desempenho de grande qualidade.

[Melhorou com a saída de Salvio e entrada de Rafa?]

«Metemos um jogador na mesma posição do Salvio, com outras caraterísticas, não com tanta condução de bola, mas mais no espaço. As equipas percebem que tipo de jogador temos ali. É uma visão coletiva. Não alterámos o sistema. Tínhamos convicção que planeámos como deve ser, faltava sermos mais acutilantes e esclarecidos. Não era preciso fazer uma revolução. O Benfica demonstrou nessa segunda parte uma frescura mental e física enorme. A equipa do Rio Ave teve dificuldades na segunda parte.

[Porquê Zivkovic e não João Carvalho, o que pretende para a posição?]

«O Zivkovic não tem a ver com o João, tem a ver com o Zivkovic. Entendemos como estratégia haver jogadores que, à esquerda, tivessem mais penetração do que o João. O Rio Ave ia jogar com um jogador adaptado e a nossa dinâmica de corredor ter três homens, mas com agressividade à profundidade do Cervi e do Zivkovic. Na primeira parte, o Zivkovic estava muito metido no ataque e muitas vezes faltava esse jogador. O Pizzi queria virar o corredor e não tinha como.

O que se pretende para ali? Alguém que pense o jogo, dentro do bloco contrário, como saiba envolver por fora. Temos no nosso plantel jogadores que dão resposta a estas características.»