109 jogos, 102 golos. O registo de Jonathan Soriano sob o comando técnico de Roger Schmidt, primeiro no Salzburgo e depois no Beijing Guoan, é notável e o antigo avançado espanhol será dos jogadores que melhor conhece o atual técnico do Benfica.

Em entrevista ao jornal Marca, Soriano explicou os métodos do germânico e confessou que não está surpreendido com o bom momento dos encarnados.

«Eu sabia que, indo para um grande de Portugal como o Benfica, [o Roger Schmidt] ia triunfar. Tem um estilo diferente do tradicional. É de ideias fixas: quer ser protagonista, agressivo, ofensivo... independentemente do rival, quer sempre ir para a frente», começou por dizer.

«Conseguir marcar seis golos fora de casa na Liga dos Campeões, independentemente do adversário, é muito complicado, mas se há algo do qual não pode duvidar-se é que o Roger é ofensivo», prosseguiu, a propósito da goleada do Benfica em Haifa por 6-1.

Soriano falou depois sobre os métodos de Schmidt nos treinos: «É até mais agressivo do que ofensivo. Quer sempre agressividade na pressão. Quando mais perto da baliza recuperas a bola, mais perto estás de marcar. Tem uma regra não escrita: depois de uma recuperação de bola, tens de chegar à área contrária em menos de dez segundos. Treinávamos muito isso. Até tínhamos megacronómetros na academia que nos indicavam quanto tempo demorávamos em cada ataque.»

«A intensidade não se negoceia. Com Roger Schmidt não existem ataques passivos nem treinos tranquilos. No início custou adaptar-me. Era intensidade pura e dura de segunda a sexta», completou.