Roger Schmidt participou na cimeira Thinking Football Summit, onde recebeu o prémio de 'Treinador do ano'. O técnico falou sobre o trabalho desenvolvido no Benfica e recordou, por exemplo, a disputa da Supertaça com o FC Porto.

Com a saída de Gonçalo Ramos para o Paris Saint-Germain, Rafa surgiu na frente de ataque para o duelo com os dragões: «Acho que foi uma boa ideia, porque ganhámos. Está tudo em aberto ao último segundo. Acordei de manhã, no dia da Supertaça, e ainda não tinha a certeza. O Gonçalo Ramos tinha saído para Paris e precisávamos de uma solução para este jogo. Podia jogar direto com um ponta de lança, como o Musa ou o Tengstedt. A minha decisão foi diferente. Na verdade, a diferença foi ter colocado o Aursnes como segundo atacante.»

«O FC Porto esteve muito bem no início, nós não entrámos bem. Com o decorrer da primeira parte, começámos a controlar e nos últimos 60 minutos estivemos muito bem. Ao intervalo mudámos ao colocar um avançado na frente e acabámos por ganhar o jogo. Temos de tomar decisões antes do jogo, é a diferença para as pessoas que trabalham na imprensa ou os adeptos. Eles podem discutir depois, mas eu decidi pelo Rafa e o Fredrik [Aursnes] na frente», disse ainda.

De resto, Roger Schmidt diz que o seu Benfica não muda de ideia de jogo em função do adversário. «É muito fácil analisar-nos, jogamos sempre da mesma forma. Como treinadores, podemos ter diferentes abordagens, ideias, eu acredito que o melhor é não mudá-las em função do adversário. Algumas equipas jogam de forma diferente na Liga dos Campeões, nós acreditamos em nós próprios. Se virem, o Benfica não joga com um estilo a cada semana, temos o nosso estilo, mas temos flexibilidade para adaptar algumas questões», explicou.

«Claro que os defesas estão mais envolvidos, mas espero o mesmo dos nossos atacantes. Vejo muitos bons exemplos nas equipas de topo. Se olharem para o Manchester City, venceram a Liga dos Campeões e a Liga Inglesa e os seus jogadores de ataque não são preguiçosos. […] O Paris Saint-Germain do ano passado, com Neymar, Messi e Mbappé na frente até pode ser campeão na em França, mas não no futebol internacional», constatou o técnico, em declarações reproduzidas pela Agência Lusa.