O treinador do Benfica, Roger Schmidt, abordou o intervalo de dias entre jogos que vai diminuir com a entrada da equipa na fase de grupos da Liga dos Campeões esta semana, mostrando relutância quanto a esse aspeto na alta competição.

«Temos que aceitar, até certo ponto, que o futebol é um grande negócio. Afinal, nós beneficiamos dele. No entanto, eu sou daqueles que dizem que não temos de aprovar tudo por causa disso. As pausas para os jogadores não são suficientemente longas. O valor dos jogos perde-se um pouco. Do meu ponto de vista, deve ser reduzido em vez de aumentado», disse Schmidt, em declarações à revista alemã Kicker, publicadas este domingo.

O técnico do Benfica aceitaria, com uma eventual diminuição de jogos, uma diminuição dos milhões de euros que circulam no futebol. «Honestamente, ganha-se bastante dinheiro no futebol. Não acho que seja preciso mais», referiu.

O técnico dos encarnados, que na terça-feira recebem o Maccabi Haifa para a primeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, abordou ainda a contratação de Julian Draxler, comparando a situação a Mario Gotze, jogador com quem trabalhou no PSV Eindhoven e que até chegou a ser referenciado para o Benfica. Schmidt deixou claro que não há um método nos bastidores da transferências, mas sim uma decisão desportiva.

«Nós não contratámos Julian Draxler por ter funcionado bem com o Mario Gotze em Eindhoven, mas sim porque estamos totalmente convencidos com ele. É um jogador de ponta que nos dá ainda mais flexibilidade no ataque», afirmou.

O treinado alemão mostrou ainda felicidade pelas primeiras semanas em Lisboa. «Quando o contacto chegou, ficou claro para mim. É uma honra para mim poder treinar num clube assim», respondeu.