O presidente do Benfica, Rui Costa, está no Dubai a marcar presença no evento dos Globe Soccer Awards, no qual os encarnados estão nomeados na categoria de Melhor Academia. O líder das águias, aos microfones da Sky Italia, sublinhou o trabalho que tem sido desenvolvido nos últimos anos no Seixal.

«Digamos que é uma das nossas vantagens, um dos nossos melhores trabalhos. Nos últimos 10 anos, exportámos muitos grandes talentos para o futebol mundial que vemos hoje em dia. Faz parte da cultura do clube e eu, como presidente, não quero deixar que isso se perca, queremos continuar a formar jogadores para a primeira equipa, sobretudo, e depois veremos o que sucede no futuro», começou por dizer.

«Quantos mais jogadores exportamos, como Rúben Dias, Cancelo, Bernardo Silva, João Félix e como tantos outros... Os outros jovens vão pensar que o Benfica é uma boa escola para eles. Quando o Milan me comprou, eu cresci com a geração de holandeses, do Capello. Foi muito fácil querer ir para o clube, porque eu cresci a ver aquela equipa. E isso serve de comparação com aquilo que hoje representa o Benfica para um jovem, tanto em Portugal como fora. Têm de sentir o nome do Benfica, por termos tantos jogadores assim. Depois, torna-se mais fácil caçar talentos», acrescentou.

Rui Costa teceu ainda alguns comentários ao sorteio dos oitavos de final da Liga dos Campeões, que ditou que o Benfica vai defrontar o Club Brugge, e pediu ambição, mas com cautela.

«Seria hipócrita se dissesse que, dentro das equipas que podiam calhar, o Brugge era a mais difícil. Mas o Brugge fez uma grande fase de grupos, como nós. Não podemos pensar que, por sermos uma equipa com um nome tão importante – com todo o respeito pelo Brugge - será fácil. Vai ser um jogo difícil, contra uma equipa que venceu o FC Porto, no Porto, por 4-0 e isso deve ser um alerta para nós. Mas temos as nossas ambições. [Em 2021/22] Chegámos aos quartos de final, numa época em que internamente as não correram bem, mas a nível europeu estivemos muito bem. Este ano vamos tentar ir mais longe», sublinhou.

O dirigente encarnado recordou ainda que, em 2004, Cristiano Ronaldo era «um miúdo muito feliz» nos treinos da seleção e já se via que iria ser, um dia, «o melhor do mundo». 

Às portas do Mundial 2022, Rui Costa considerou que Portugal está bem apetrechado.

«Portugal tem uma boa geração, com muitos jogadores talentosos, com jogadores dos principais clubes dos principais campeonatos. A nível de experiência e competitividade, é um grupo muito pronto. Têm de desfrutar do Mundial e do que é representar o país», rematou.