O hoje consolidado projeto do RB Salzburgo na Áustria passou, entre 2012 e 2014, pelas mãos de Roger Schmidt. A passagem de duas épocas rendeu um título da Liga em 2013/14, mas também uma forte frustração em 2012/13, quando foi eliminado nas meias-finais da Taça pelo modesto FC Pasching, então na terceira divisão - veio a ser campeão depois frente ao Áustria de Viena.

«Ele [Roger Schmidt] mais acertou do que errou. Uma situação negativa que aconteceu, e que dali em diante ele aprendeu e evoluiu, foi um jogo pela Taça. Tirou alguns dos principais jogadores e colocou-os no banco de reservas. Perdemos, e isso gerou um pouco de dúvidas sobre ele. Depois disso, entretanto, crescemos muito, principalmente ele próprio. Progredimos, evoluímos e passamos a viver de vitórias», recordou o antigo central brasileiro Rodnei, que foi dirigido por Schmidt nas duas temporadas de RB Salzburgo.

Apesar de ter sido campeão nacional pelo Benfica logo na primeira temporada, o técnico alemão tem sido bastante contestado por rodar pouco a equipa e apostar quase sempre nos mesmos jogadores. Talvez uma má lembrança do passado em solo austríaco?

«Não sei dizer ao certo, mas aquele jogo [derrota por 2-1] foi mesmo marcante. Ficamos tristes pela eliminação, sobretudo por sermos o favorito naquela altura. Se impactou na vida dele e tornou-o mais conservador? Não sei. É difícil dizer...», explicou.

Nos últimos dez anos, o RB Salzburgo cresceu, se impôs no futebol internacional e, agora, vai reencontrar Roger Schmidt, de águia ao peito, na estreia do grupo D da edição de 2023/24 da Liga dos Campeões, esta quarta-feira, na Luz.

«O Roger [Schmidt] começou um trabalho que acabou dar muitos frutos. Ele próprio saiu para o Leverkusen, assim como outros jogadores que saíram para a Alemanha, França, Inglaterra, entre outros. O projeto tem as mãos dele», explicou.