«Se Pedro Martins tivesse lido o livro que Rui Vitória escreveu após a final da Taça de Portugal [V. Guimarães-Benfica em 2013], poderia partir com alguma vantagem para o jogo?»

A questão, relacionada com o livro Arte da Guerra Para Treinadores, lançado pelo técnico do Benfica quando ainda orientava o emblema vimaranense mereceu um elogio. «Pergunta gira», afirmou Rui Vitória antes de abordar o assunto de forma mais aprofundada.

«Os contextos são diferentes. Às vezes isso faz-me ir a questões muito relacionadas com o treino. o que interessa copiar os exercícios de alguém se os meus jogadores são outros? Não serve de nada. (...) Sei naturalmente o que é estar de um lado e do outro, dos dois lados da barricada. Mas o Pedro [Martins] também tem muita experiência, está habituado a este tipo de jogos quer como jogador, quer como treinador e saberá o que tem de fazer», disse o treinador dos encarnados.

No livro, Rui Vitória defendia que as finais devem ser trabalhadas de uma forma especial, até porque se tratam de jogos com um peso diferente da maioria dos restantes. «Muitas vezes criamos aquela sensação no jogador, de que já aqui chegámos e que vamos desfrutar do ambiente do jogo. Uma final é um momento único e tem de ser vivida com a máxima intensidade. Eu gosto mais de desfrutar do resultado e uma final é para ser vivida assim», defendeu.