A FIGURA: Di María

Um dia talvez se tenha de falar do quão frágil Di María deixa o Benfica no momento sem bola – o golo do Toulouse é exemplo disso mesmo –, mas hoje ainda não é esse dia: sempre com uma qualidade absurda no pé esquerdo, foram várias as vezes em que o argentino deixou os colegas em posição favorável para marcarem. A juntar a isso tudo, teve sangue frio para finalizar os dois penáltis de que dispôs, e no segundo golo, é dele também o mérito de praticamente ter «inventado» a jogada na grande área que depois originou a falta de Mawissa. Decisivo.

O MOMENTO: Di María, 11 metros para o mal menor (minuto 90+7)

Foi no último suspiro que Di María voltou à marca dos 11 metros e voltou a marcar. O argentino bisou na partida e ofereceu a vitória a uma águia que esteve longe de ser brilhante. Um mal menor, portanto.

OUTROS DESTAQUES

Orkun Kökcü

Tem ouvido algumas críticas dos adeptos, mas esta noite, Orkun Kökcü foi o farol ofensivo que o Benfica águias tanto precisa. É certo que ainda está longe de corresponder ao valor que as águias investiram na sua contratação, mas tem sido muito mais vítima do que culpado. Aguerrido sem bola, o internacional turco destacou-se sobretudo no momento do ataque. Sempre disponível para ter a bola, «inventou» vários passes que, com outra inspiração dos colegas, podia ter desbloqueado o marcador mais cedo.

João Neves

Pode jogar melhor ou pior, mas João Neves nunca se esconde em campo. Começou mal no capítulo do passe, foi melhorando, e depois foi o João Neves que todos conhecem. Forte nos duelos, tentou apagar vários «fogos» que iam surgindo no relvado da Luz, em mais uma exibição em que fez um pouco de tudo. Não foi por ele, certamente.

Arthur Cabral

Poucas oportunidades teve para finalizar, mas nem por isso passou despercebido. Muito disponível fisicamente, Arthur voltou a ser o avançado que o Benfica precisa. Sem bola, são claras as melhorias na fase da pressão. Com bola, conseguiu aguentar vários ataques encarnados, principalmente a jogar de costas para a baliza e a entregar com qualidade para os colegas.

Bah e Neres

Não durou muito, mas ficou à vista o impacto que Bah e David Neres tiveram na equipa do Benfica. Neres agitou as águas no ataque, Bah deu outra profundidade ao lado direito das águias. Talvez a mostrarem a Schmidt que mereciam jogar de início…

Yann Gboho

Apesar das fragilidades defensivas do Benfica, não pode dizer-se que o Toulouse tenha mostrado um grande arsenal ofensivo esta noite, na Luz. Ainda assim, do que mostrou, o principal responsável foi Yann Gboho. Forte fisicamente, foi através do drible que o jovem de 23 anos mais desequilibrou. A juntar a isso, foi decisivo no golo do conjunto francês.

Desler

Muito mais esforçado do que inspirado, Desler demonstrou até em certos momentos uma agressividade excessiva perante os adversários. Ainda assim, sai deste jogo com nota positiva defensivamente e ofensivamente, já que é dele o golo que deixou novamente tudo empatado no Estádio da Luz, antes do 2-1 de Di María.