Beto, antigo jogador do Benfica, recordou em entrevista momentos da sua carreira, que começou por saltar dos campos pelados de Pernambuco para Paços de Ferreira, clube onde ia ganhar mais dinheiro do que numa «vida toda no Brasil».

A partir daí, e apesar da descida de divisão do emblema pacense, o médio despertou a atenção do Benfica. No entanto, a imprensa não lhe deu o devido crédito.

«Quando lá cheguei, ninguém acreditava no meu futebol. Tinha vindo de um clube que tinha descido de divisão e os media e os adeptos diziam que não tinha condições de jogar num grande clube. Demonstrei que não era assim, tinha futebol para jogar em qualquer clube», frisou Beto, num direto nas redes sociais.

«Fui titular num ano e no ano seguinte o treinador mudou e deixei de ser já que o Fernando Santos trouxe um jogador da sua confiança, o Katsouranis. O Koeman apostou no meu futebol e gostava da minha dedicação. Quando a equipa perdia, os media perguntavam porque é que eu jogava. Ele respondeu uma vez: 'Se houvesse 11 Betos, o Benfica não perdia tanto’», acrescentou.

Na temporada ao serviço das águias, o então jogador atingiu os quartos-de-final da Liga dos Campeões, e marcou o seu único golo de águia ao peito, frente ao Manchester United de Cristiano Ronaldo, ainda na fase de grupos.

O golo acabou por valer a vitória dos encarnados, e apesar de a bola ter sido desviada por um jogador, o brasileiro recorda o golo como mérito seu. «A bola desviou, mas o mérito é de quem chuta. Quem não chuta não marca», defendeu.

Retirado dos relvados e de volta ao Brasil, Beto tem os planos bem traçados para o futuro: «Descobrir jovens valores no nordeste brasileiro para depois levá-lo para a Europa. Vou começar a recrutar jovens promessas para o Benfica, para o P. Ferreira e futebol da Suíça e da Grécia.»