Mohamed Bin Hammam anunciou esta segunda-feira que prescindiu de todos os cargos relacionados com o futebol, na sequência da nova suspensão provisória (de 45 dias) imposta pela comissão de ética da FIFA.
Em comunicado à agência France Press, o empresário do Catar, Presidente da Confederação Asiática de Futebol (CAF) e membro do Comité Executivo da FIFA, anunciou que está cansado de lutar e que prefere centrar a sua atenção na família.
«Eu não quero passar a minha vida a lutar contra acusações inventadas. Prefiro deixar tudo e concentrar-me de vez na minha família. No entanto, se as acusações forem feitas, vou-me defender, tal como fiz no passado», disse.
O empresário, de 63 anos, foi suspenso provisoriamente de todas as atividades relacionadas com o futebol, depois de ser acusado de tentativa de suborno durante as eleições para o cargo de presidente da FIFA, em 2011, que disputava com Joseph Blatter.
Em junho deste ano, o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) anulou a pena imposta pela FIFA a Bin Hamman, alegando que as acusações da FIFA eram insuficientes.
No entanto, o organismo que superintende o futebol mundial decidiu abrir uma nova investigação ao empresário e manteve a suspensão provisória, decisão que motivou a «desistência» de Hamman.
«Para mim a decisão do TAS, mais alta autoridade independente desportiva, é que tem valor. A FIFA abriu uma nova investigação mas não introduziu novas provas, logo o cenário não se altera», concluiu.
Na sequência do processo, a CAF admitiu, no mês passado, a realização de eleições, durante o próximo ano, para encontrar um novo presidente, sendo que o chinês Zhang Jilong é apontado como favorito para substituir Bin Hamman