Zizou prepara-se para dizer adeus aos Bleus. Depois de Thuram, Lizarazu e Desailly, a França pode estar a horas de perder o seu 10. O mais carismático depois de Platini. Em terras gaulesas, a preocupação é evidente e nem o novo seleccionador, Raymond Domenech, parece ter conseguido demover o jogador do Real Madrid, um dos principais responsáveis pelos títulos de 1998 (Mundial) e 2000 (Europeu), da sua decisão. Todos se perguntam: e agora?
A geração de ouro chegou ao fim. Restam Henry, Pires, Trezeguet e Vieira. Quatro para tentar manter a magia. Uma magia que ficou mais pálida com o fracasso no Mundial 2002 e com a eliminação nos quartos-de-final do Euro 2004 frente à Grécia, mas que ainda colocava em sentido os adversários. Sem boa retaguarda, a França arrisca-se a atravessar um longo deserto nos próximos anos. Se a renovação das equipas nacionais acaba por ser normal, a má notícia para os gauleses é que a geração seguinte tem um nível de talento bastante mais baixo.
Santini apostou na continuidade e na facilidade na lista para o Europeu português. Não quis sangue novo até talvez porque já tinha tratado do seu futuro com o Tottenham. O treinador perdeu a competição, mas o país saiu bem mais derrotado.