Alfredo Castro é um dos elementos do Boavista castigados para o jogo com o F.C. Porto. Ele e Jaime Pacheco foram expulsos ao minuto 75, depois de alguma contestação originada por um cartão amarelo a Cadu. Uma situação que o técnico dos guarda-redes do Boavista considera «injusta»: «Pacheco foi expulso porque reagiu à minha expulsão. Foi um acto de cobardia do árbitro», desabafou.
«Penso que foi uma injustiça para o Jaime Pacheco. Ele foi expulso por se ter revoltado com a minha expulsão. Ao intervalo o árbitro já tinha dito ao Jaime Pacheco que me ia expulsar», revelou.
A alegada intenção de Lucílio Baptista acabou por ser materializada já na parte final do encontro. Alfredo deu a sua versão dos factos: «Houve uma confusão e eu levantei-me do banco para ver. O árbitro espreitou, viu que era eu e expulsou-me. O Jaime disse-lhe que essa era uma situação fora do normal, porque eu não tinha feito nada e que aquilo era perseguição. Ele não tinha razões para expulsar o Jaime».
«Injustiça», diz Alfredo sobre o castigo
Injustiça é também a palavra utilizada por Alfredo para reagir ao castigo de 12 dias que lhe foi imposto pela Comissão Disciplinar da Liga de Clubes: «Para além dos 12 dias, penso que a multa é um exagero. Não tive qualquer tipo de manifestação. A expulsão foi um acto de cobardia. Apenas me levantei para ver o que se estava a passar».
O técnico-adjunto referiu também situações anteriores com o mesmo árbitro: «Lucílio Baptista já tinha expulsado o Jaime Pacheco em Alvalade. Em Setúbal marcou-nos um penalty por uma falta fora da área». O que o leva a tirar uma conclusão: «Não é por acaso que as equipas do Porto não gostam que ele apite jogos contra o Sporting, principalmente quando os jogos são no Porto».
O relatório da PSP confirma a existência de agressões na manga de saída do relvado, mas Alfredo diz que não viu nada, porque quando foi expulso dirigiu-se ao balneário e por lá ficou até se aperceber que havia confusão: «Quando se deu a confusão apercebi-me que alguma coisa se passava e saí do balneário. Encontrei o Beto e o Pedro Barbosa. O Beto estava preocupado. Disse-me que tudo aquilo era escusado, mas respondi-lhe que não sabia o que se passava. Por isso não sei o que houve e se dissesse que tinha visto alguma coisa estava a mentir».