Desiludido com a goleada sofrida pela sua equipa no Dragão, mas satisfeito com a manutenção garantida a duas jornadas do final. Era este o espírito de Erwin Sánchez, técnico do Boavista, após a derrota dos axadrezados por 4-0 com o FC Porto na despedida desta temporada:

«Entrámos adormecidos no jogo. Equilibrámos na primeira parte, mas na verdade a segunda parte foi toda praticamente controlada pelo FC Porto. Temos de ficar de cabeça erguida, não pelo resultado deste jogo mas pelo objetivo – a manutenção – alcançado que conseguimos alcançar nesta segunda volta. Têm sido meses muito duros. Mas se quando aqui cheguei me dissessem «vais perder os dois jogos com o FC Porto e vais ficar safo garantindo a permanência na Liga»… Eu assinava. Essa é a nossa realidade. Não gosto de perder nem a brincar, mas temos de ter consciência sobre onde e contra quem estamos a jogar.»

[Foi o último jogo como treinador do Boavista?] «Vamos conversar por estes dias com a direção. Para a semana ficará tudo resolvido. Instituição é muito importante para mim. Portanto, tudo depende de o Boavista achar se somos ou não uma peça importante para a instituição. Tenho algumas ideias que acho que se encaixam no clube e seria ótimo que as duas partes se entendessem. É preciso uma estabilização do Boavista na I Liga e isso passa por minimizar os erros e tirar o melhor destas duas épocas para melhorar em todos os sentidos. É preciso não descurar alguns pormenores e pequenos detalhes que podem fazer a diferença.»

[Sobre a ausência de Zé Manuel] «Não há nenhuma explicação. Ele faz parte dos jogadores do plantel do Boavista. Como tal, o que nós pensámos neste jogo que era o melhor para a equipa foi feito.»