O Boavista recebe o Benfica esta segunda-feira (20h45), em jogo da ronda inaugural da Liga, e Petit garantiu que a sua equipa está precavida para as dinâmicas que a equipa de Roger Schmidt revelou na segunda parte do jogo da Supertaça em que acabou por vencer o FC Porto por 2-0.

«Estou mais preparado para o Benfica da segunda parte, com a entrada do [Petar] Musa como referência na frente. Estamos preparados para esse Benfica, que tem uma ou outra nuance [diferente] da época passada para esta. João Neves e Orkun Kökçü têm feito um duplo pivô no meio-campo, o Ángel Di María vem muito do corredor [direito] para dentro, existe a dúvida sobre se joga Fredrik Aursnes ou João Mário [na esquerda] e, depois, há Rafa e Musa na frente. Trabalhámos muito sobre estas ideias da equipa adversária, mas olhando para aquilo que podemos fazer», referiu o técnico na antevisão do jogo.

Petit espera encontrar um adversário motivado com o título conquistado em Aveiro. «O Benfica vem moralizado, mas trabalharemos para podermos lograr um bom resultado perante os nossos adeptos. Vai ser uma partida extremamente difícil, contra uma equipa competente, com bons processos e ótimos jogadores, mas, sem fugirmos muito à nossa base da época passada, temos de estar preparados para entrar bem na prova», prosseguiu.

O Boavista volta à competição três semanas depois de ter sido eliminado na primeira fase da Taça da Liga, ao perder, em casa, diante da União de Leiria, recém-promovida à II Liga, no desempate por penáltis (4-5), após um empate sem golos. Além disso, o clube do Bessa continua impedido pela FIFA de inscrever novos jogadores. Petit reconhece ser «normal que essas notícias possam abalar um pouco» o plantel, que reúne atualmente 31 jogadores, quinze dos quais lançados a partir das camadas jovens do clube.

«Só podemos controlar aquilo que podemos fazer, que é o nosso trabalho. Os jogadores têm sido excecionais durante estas cinco ou seis semanas em que temos estado juntos, porque se têm aplicado no dia a dia. Eles sabem da realidade [financeira], mas tentamos com que melhorem todos os dias para serem mais fortes. Cabe-nos continuar o processo de treino para entrarmos bem e darmos uma boa resposta na primeira jornada», reiterou.

O treinador confirmou ainda que os defesas nigerianos Bruno Onyemaechi [falhou o desafio com a União de Leiria por razões regulamentares] e Chidozie [imprensa francesa diz que está a negociar com o Nantes] «estão prontos» para o início da 61.ª presença do Boavista na I Liga, e 10.ª seguida desde a sua reintegração administrativa, em 2014/15.

«É claro que um treinador gosta de ter um plantel competitivo e com atletas de qualidade. Temos uma base da época passada, mas já perdemos Yusupha, Ricardo Mangas, Kenji Gorré, Reggie Cannon e Rafael Bracali. O Vincent Sasso não está apto nem começou a trabalhar. Eram seis jogadores importantes, mas trabalhámos com aqueles que cá estão para podermos ser fortes e rigorosos. Vamos passar por momentos difíceis neste duelo, mas, quando tivermos a bola, temos de ter qualidade e saber aquilo que fazer», destacou ainda.