Longas rastas, barba descuidada, olhar opaco. Voz grave, muitas vezes sofredora. Poeta incompreendido, baladeiro da paz e do amor, profeta do reggae. Bob Marley, um dos monstros sagrados da música no século XX, morreu precisamente há 29 anos. Esta reportagem é uma visita ao mundo paralelo do músico. O mundo lúdico e desconhecido, a redoma partilhada entre o artista e o futebol.

Liberdade e amor no Boys Town FC

Das ruas poeirentas de Nine Mile, onde nasceu, aos jardins de Battersea Park, onde começou a perecer, são muitos e emocionados os relatos desta cumplicidade sibilina. Há dois clubes muito especiais também na história. Um em Kingston, o Boys Town FC; o outro em São Paulo, o Bob Marley FC, criado a título póstumo por um grupo de fãs brasileiros.

Quando a paixão se transforma em morte

«Bob Marley, o futebolista» é um trabalho que nos transporta ao universo desconhecido de uma personagem heróica, no sentido mitológico da palavra. Bob não foi o cidadão ideal, seguidor de regras e convenções, tratados e leis. Não, longe disso. Foi, isso sim, herói na intenção de transmitir valores e ideais de paz ao longo de toda a vida.

Um clube, um torneio, uma alma

A sua história é um arquétipo cuja ressonância ressoa nas gerações vindouras. Fala de repressão política, misticismo, previsões apocalípticas e aceitação racial, por exemplo. É uma narrativa riquíssima, que extravasa os limites desta investigação.

Uma obsessão chamada Pelé

Concentrámo-nos, enfim, no futebol e nas ramificações fortíssimas que o desporto entranhou na vida de Bob Marley, a primeira grande estrela polida num país do Terceiro Mundo. No caso, a Jamaica. Há até um campeão do mundo de 1970 nesta celebração, assim como Pelé e Chico Buarque, um dos compositores mais brilhantes da música brasileira.

No 29º ano da sua morte, o Maisfutebol percorre território alternativo e abraça uma travessia em busca da redenção. Afinal, aquilo que Bob Marley sempre procurou.

Recorde a reportagem «Che, o desportista»

Algumas imagens de Bob Marley a jogar futebol