A FIFA vai utilizar a designada «bola inteligente» da Adidas, que contém o microchip, no Campeonato Mundial de Sub-17 que começa esta sexta-feira no Peru. Caso a experiência seja bem sucedida, a bola poderá ser utilizada no Campeonato do Mundo da Alemanha no próximo ano.
Esta inovação tecnológica, que pretende acabar com as dúvidas sobre a linha e perceber se a bola passou ou não, será usada em todos os jogos do Mundial de Sub-17, à excepção daqueles que forem disputados na cidade de Iquitos, uma vez que o estádio não foi preparado com a devida antecedência.
A bola foi apresentada em Lima, antes do início do torneio, por Urs Linsi, secretário-geral da FIFA. Linsi salientou que a «bola inteligente», desenvolvida pela Adidas em colaboração com a empresa Cairos Ag e o Instituto Fraunhofer, ambos alemães, não irá substituir os olhos e a experiência do árbitro em campo. «O árbitro está no comando, ele é o chefe no relvado e isso não vai mudar. A bola será apenas uma ajuda», afirmou Linsi.
A bola contém um microchip, com menos de 15 milímetros, que emite um sinal de rádio quando a bola ultrapassa uma das linhas (de golo, lateral ou final), como se tivesse tocado numa cerca eléctrica. O sinal é transmitido por 12 antenas, posicionadas nas extremidades do campo, para um computador, que por sua vez envia uma mensagem para um receptor no pulso do árbitro em menos de um segundo.
Essa mensagem traduz-se num som, praticamente inaudível, que poderá nem sequer ser levado em consideração, se o árbitro não tiver quaisquer dúvidas em relação à sua decisão. Foi ainda esclarecido que nenhum rádio ou telemóvel irá interferir com o sinal da bola.
Recorde-se que a «bola inteligente» já foi testada uma vez, num jogo particular realizado na cidade alemã de Nuremberga, em Fevereiro passado. A FIFA irá decidir no ano que vem se usará o novo dispositivo no Mundial 2006.