O Duque de Caxias, do Brasil, despediu o treinador Eduardo Allax, não por motivos desportivos, mas porque a saída do técnico foi condição imposta por uma empresa que representa vários jogadores do clcluibube. A empresa em causa decidiu oferecer um prémio financeiro se o clube, a jogar a Série C do Brasileirão, evitar a descida. Mas impôs como condição que Eduardo Allax saisse e que no seu lugar ficasse o até agora adjunto Mário Júnior.

A história é contada pelo «Globoesporte» e confirmada pelo presidente do Duque de Caxias. «Realmente aconteceu essa proposta da empresa. Entendemos que essa seria uma boa motivação extra para os jogadores nesta reta final. A equipa não vai sofrer nenhuma alteração mesmo, tudo segue igual. O erro não foi do Eduardo, foi nosso na hora da montagem do elenco. O Eduardo é um amigo da gente, uma grande pessoa. O futebol é assim mesmo. Agora, quem vai comandar a equipe é o Mário Júnior», afirma Luiz Calos Arêas, rejeitando a ideia de que uma decisão destas levante questões éticas: «Eles têm vários jogadores aqui conosco. Caso o clube caia, os jogadores serão desvalorizados. Eu achei razoável a proposta. Resolvemos aceitar como a última cartada para tirar o clube desta situação. O Eduardo não tem culpa de nada.»

Eduardo Allax chegou ao clube à sétima jornada do campeonato, já com o Duque de Caxias em zona de despromoção, e conseguiu uma série de sete jogos sem perder (cinco vitórias e dois empates), antes de sofrer agora duas derrotas nos últimos jogos.

A «Globo» conta ainda que tentou contactar a empresa em causa, a BRFoot, mas não obteve resposta em tempo útil.