O futebol brasileiro investiu como nunca na temporada passada e as receitas aumentaram para um bilhão de reais, ou seja, mais de 780 milhões de euros. No entanto, os emblemas devem mais de mil e cem milhões de euros, o que reflete um saldo negativo de quase 400 milhões de euros.

De acordo com um estudo divulgado pelo Lance, os emblemas que disputam a Serie A do Brasileirão têm, sobretudo, que resolver as questões fiscais, assim como regularizar os empréstimos junto da banca.

A renegociação dos direitos televisivos fez crescer a receita, o que levou também a um maior gasto, como admitiu o diretor financeiro do Corinthians, o campeão em título. «O ano passado foi para muitos clubes de investimento», disse Raul Correa da Silva, para acrescentar que «este é um ano de pagar contas».

Em 2011, as receitas aumentaram em 27 por cento, mas este ano essa percentagem vai baixar. E o principal problema, para além da dívida ao fisco, que corresponde a 52 por cento do total do bolo, é o aumento das dívidas bancárias.

«São caras, por isso os clubes precisam controlá-las, o Corinthians, por exemplo, reduziu sua dívida bancária em 4 milhões de euros em 2011», explicou aquele mesmo diretor do Timão.

Os clubes com maiores problemas são, curiosamente, os do Rio de Janeiro e um de Minas Gerais: Botafogo, Fluminense, Vasco, Atlético Mineiro e Flamengo são quem tem a dívida maior, por esta ordem. Aliás, o «Fogão» tem um problema acrescido: é o principal devedor e, entre os cinco primeiros, aquele que menos receitas gera.

Na Serie A do Brasil, destaca-se o Atlético Paranaense. O Furacão deve «apenas» 7,5 milhões de euros.