Tem feito manchetes pelo Mundo inteiro o sequestro de Heloá da Silva, uma jovem de quinze anos que é mantida presa em cativeiro pelo ex-namorado. Tudo começou na segunda-feira, quando Lindembergue Fernandes Alves sequestrou a ex-namorada e dois amigos, entretanto libertados, na casa da jovem, em Santo André, no estado de S. Paulo.
Três dias depois, este já é o mais longo sequestro da história do Brasil. Ora esta quinta-feira, o jovem colocou numa janela da casa uma camisola do S. Paulo. Desde logo os dirigentes do clube paulista colocaram-se em campo e enviaram para a zona uma comissão formada superintendente de futebol, Marco Aurélio Cunha, e dois advogados.
Os três responsáveis colocaram-se num carro e viajaram para o local, mas foram impedidos de contactar com Lindembergue pela Polícia Militar, que prefere continuar a ser ela a negociar a rendição do sequestrador. «Vou ouvir quem está comandando, mais disposto a contribuir do que ser protagonista», disse Marco Aurélio Cunha.
O dirigente continua decidido a falar com o sequestrador, convencido que o facto de ele ser adepto do clube pode tornar-se uma boa hipótese de sucesso. «Não temos nenhuma pretensão maior do que conversar com o rapaz, que está perturbado», adiantou. Até agora todas as tentativas de negociação, inclusivamente através de amigos, falharam.