Cerca de trinta adeptos dirigiram-se ao treino do Flamengo e insultaram os jogadores. Entre os insultos, foi arremessada uma bomba de fabrico artesanal para o campo, que explodiu bem junto dos jogadores e motivou uma acesa troca de palavras que quase acabou em violência.
O artefaco quase atingiu Léo Moura, que já representou o Braga. O lateral direito chegou a cair no relvado, mas não sofreu nenhum ferimento. Ibson, jogador do F.C. Porto emprestado ao Flamengo, exaltou-se e chegou mesmo a insultar os adeptos, sendo acalmado por Jonatas.
Mais tarde o clube chamou a perícia do esquadrão antibombas da Polícia Civil e registou a devida queixa-crime. Nessa altura ficou a saber-se que foi uma sorte a bomba ter explodido no ar, o que acabou por evitar uma tragédia. «Era uma bomba caseira com alto potencial de destruição», disse o responsável da segurança do clube.
A contestação surge como consequência do mau momento da equipa no campeonato brasileiro, no qual regista seis jogos consecutivos sem ganhar. Para acalmar os ânimos, Fábio Lucioano e Diego reuniram-se com os adeptos. Mais tarde, alguns líderes da claque e os jogadores voltaram a reunir-se para uma conversa da qual já fez parte Ibson e Léo Moura, entretanto mais calmos após o banho.
Fábio Luciano foi no final o único jogador a falar aos jornalistas. «Serve de lição. Eles soltaram o sentimento e isso vai fortalecer ainda mais o grupo. Se não houvesse a conversa poderia vir a interferir no nosso trabalho. As imagens vão repercutir, mas está tudo certo», afirmou o capitão do Flamengo.