Foram detidos nesta terça-feira três suspeitos de colaborar com uma máfia de manipulação de resultados de jogos de várias divisões, incluindo o Brasileirão.

No âmbito da operação denominada «Penalidade Máxima» foram realizados 20 mandados de busca e três mandados de prisão preventiva, num total de seis estados e 16 cidades.

Quatro dos alvos dos referidos mandados são jogadores sobre os quais recaem suspeitas de manipulação de cinco jogos do principal campeonato brasileiro, em 2022.

Segundo a imprensa brasileira, entre os suspeitos está Kevin Lomónaco, jogador argentino do Red Bull Bragantino, treinado pelo português Pedro Caixinha. Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport) e Gabriel Tota (ex-Juventude) são os outros jogadores investigados, sendo que nenhum dos jogadores consta dos detidos.

De acordo com a acusação do Ministério Público, os membros da máfia ofereceram até 100.000 reais (cerca de 18.000 euros) a futebolistas para tentar manipular o resultado de alguns jogos.

«A investigação mostra que as manipulações foram diversas e visavam, por exemplo, assegurar que um jogador fosse marcado com cartão amarelo ou mesmo expulso por cometer uma penalidade para favorecer a equipa adversária», lê-se na acusação.

A operação desta terça-feira segue-se a outra que identificou suspeitas de fixação de resultados na segunda divisão, e que foi aberta após um jogador do Vila Nova ter admitido ter recebido uma oferta de 150.000 reais (cerca de 28.000 euros) para cometer uma grande penalidade num jogo com o Sport.

O primeiro resultou em acusações específicas contra oito jogadores de diferentes clubes por fazerem parte da rede de manipulação de resultados, incluindo Romário (Vila Nova), Joseph (Tombense), Mateusinho (Cuiabá) e Paulo Sérgio (Operário).

[artigo atualizado]