Richarlison referiu, em conferência de imprensa, na terça-feira, que recorre a acompanhamento psicológico desde setembro, a fim de dobrar desafios de diferentes âmbitos. Em conversa com os jornalistas, em Londres, na antecâmara do particular entre Brasil e Inglaterra, o avançado do Tottenham realçou também a importância de psicológicos na seleção «canarinha».

«É importante a seleção contar com um psicólogo para ajudar os atletas. Só nós sabemos a pressão com que lidamos, dentro e fora de campo. Eu sofri mais fora de campo. É importante ter um psicólogo por perto. Salvou minha vida, quando estava no fundo do poço», começou por argumentar.

Ultrapassadas «deceções» com pessoas que julgava de confiança – nomeadamente o agente Renato Velasco – Richarlison admite que também corrigiu o «preconceito» quanto à procura de ajuda psicológica. Além disso, a operação aos dois lados do púbis, na anca, permitiu ao avançado reencontrar a melhor forma física e, assim, regressar à seleção.

Sem problemas em ser o «dono» da camisola 9 da «canarinha», Richarlison aproveitou a ocasião para lembrar a toxicidade das redes sociais.

«As minhas publicações só podem ser comentadas por quem me é próximo. A perseguição é muita. Somos humanos e vemos a maldade. Antes do Mundial do Qatar, o professor Tite disse-me: “Não precisas de te preocupar com as críticas, és o meu 9 e confio em ti”. Só tenho a agradecer a Tite, foi quem confiou em mim», revelou.

Por isso, Richarlison puxa para si a missão de ser um exemplo, nomeadamente para os jovens adeptos do Brasil e do Tottenham.

A seleção «canarinha», agora orientada por Dorival, joga em Wembley diante de Inglaterra no sábado, às 19h. Na terça-feira, o Brasil visita a Espanha, no Santiago Bernabéu, num encontro agendado para as 20h30.

A cumprir a sétima época em Inglaterra, a segunda pelo Tottenham, Richarlison, de 26 anos, anota 10 golos em 23 jogos na Premier League.