A abordagem de Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, a Duarte Gomes no final do dérbi foi escrita no relatório do árbitro, que será analisado pelo Conselho de Disciplina (secção não-profissional) da Federação Portuguesa de Futebol.

O documento relata as incidências disciplinares da partida e os momentos que se seguiram ao apito final. Caberá agora ao Conselho de Disciplina da FPF analisar o que o árbitro escreveu e decidir se existe algo que justifique agir disciplinarmente. Tudo dependerá da interpretação que este órgão fizer sobre o que foi relatado como tendo sido dito pelo presidente do Sporting.

No final da partida, questionado sobre o que tinha conversado com Duarte Gomes, Bruno de Carvalho afirmou o seguinte. «Fui dizer-lhe que haveríamos de conversar os dois. Ele disse-me que eu não podia dirigir-me a ele dessa maneira. Se não se pode falar com o árbitro antes porque ainda não aconteceu o jogo, se não se pode falar com o árbitro ao intervalo porque é no intervalo e estão muito nervosos, se não se pode falar com o árbitro no final do jogo… Eu apenas disse que haveríamos de conversar os dois. Pelos vistos nunca se pode conversar, as pessoas continuam a errar». Ou seja, segundo o presidente do Sporting, o árbitro não admitiu manter o diálogo que Bruno de Carvalho pretendia iniciar.

De acordo com o que Maisfutebol apurou, a descrição que Bruno de Carvalho fez sobre o que se passou na conversa com Duarte Gomes não é distante do que está escrito no relatório. Esta sexta-feira reúne-se o Conselho de Disciplina da FPF e ficar-se-á a saber qual a interpretação que é feita sobre a descrição da abordagem do presidente do Sporting ao árbitro do dérbi.

Contactada pelo Maisfutebol, fonte oficial do Sporting preferiu não comentar esta informação.

O relatório do árbitro, onde constam as questões disciplinares do jogo, é sempre assinado pelos delegados dos clubes envolvidos, que recebem uma cópia. O documento é, ainda no estádio, remetido para o Conselho de Arbitragem.

A atuação de Duarte Gomes no dérbi provocou indignação nos responsáveis leoninos, que preparam uma reclamação formal