Bruno Pinheiro reaparece no mapa. A Federação Portuguesa de Futebol acaba de chamar o central luso para a selecção nacional de sub-23. Um prémio para uma aposta arriscada, dois meses após ter feito as malas para jogar no Widzew Lodz, da Polónia.

Titular absoluto na formação polaca, num emblema com largo historial no país, Bruno Pinheiro sorriu ao ser contactado por um país onde julgava ter sido esquecido. «Sinceramente, foi uma surpresa, porque já estive o ano passado a jogar no Chipre, um campeonato sem muita visibilidade. Felizmente, aqui na Polónia as coisas estão a correr melhor», começa por dizer.

Confirmando a informação do Maisfutebol, Bruno Pinheiro prometeu apresentar-se no Cartaxo neste sábado, nos trabalhos da selecção sub-23: «Cheguei à selecção com 18/19 anos. Estava no Boavista e fui internacional até aos sub-21, mas infelizmente o clube caiu e tive de emigrar. Espero que este seja um sinal que as coisas podem mudar.»

«Aí, os clubes portugueses preferem jogadores com sotaque, por assim dizer. Basta ver que no Benfica-Sp. Braga, por exemplo, só dois ou três titulares é que eram portugueses. Isso faz com que, cada vez mais, nós tenhamos de mudar de país, de procurar outros sítios para crescer. É pena», desabafa o central, ao nosso jornal.

Bruno Pinheiro gostaria de regressar a Portugal, a médio prazo, embora reconheça que a sua experiência na Polónia está a decorrer da melhor forma. «Este é um clube com história, onde o Młynarczyk (ndr. ex-guarda-redes do F.C. Porto) é um símbolo. Jogo também o Grzelak, que esteve comigo no Boavista. Tenho sido sempre titular, já marquei um golo e fui eleito o jogador do mês em Setembro, no campeonato polaco. Mas claro que gostava de voltar, estar com a minha família, jogar em Portugal. Esperemos que sim», remata o defesa, em entrevista ao Maisfutebol.