Lúcio Antunes é o principal rosto do apuramento de Cabo Verde para os quartos de final da CAN, na estreia da seleção na prova. O treinador tem sido comparado a José Mourinho, não só porque estagiou com o treinador português, mas também por algumas das suas aittudes. Como a forma exuberante de festejar a vitória sobre Angola, quando deu uma volta ao campo com a bandeira do seu país. O selecionador diz no entanto que é muito diferente do treinador português.

«Somos grandes amigos. Fomos próximos durante seis ou sete meses, mas as nossas ideias sobre futebol são bem diferentes. O estilo dele não é o meu estilo, e vice-versa», disse Lúcio Antunes, numa entrevista ao site oficial da FIFA.

Mourinho tinha ele próprio elogiado Antunes, depois de o ter recebido num estágio de uma semana no Real Madrid. «É um treinador inteligente. Tem ideias próprias, é organizado, metódico e ambicioso. É um ótimo treinador», afirmou Mourinho na altura.

Lúcio Antunes suspenseu o seu trabalho como controlador aéreo em 2010 para se dedicar à seleção, que levou ao apuramento inédito para a CAN. Um dia volta ao emprego, diz: «Não sei qual dos dois trabalhos prefiro, se o treinador ou de controlador, mas eu certamente voltarei um dia. Só não sei quando.»

Quanto à competição, e antes de defrontar o Gana no sábado, Lúcio Antunes diz que é o tipo de desafio de que a sua equipa precisa: «Eles eram os mais fortes do Grupo B. Estamos felizes por enfrentá-los, pois formam uma das melhores seleções da África. Nesta fase da competição, temos de nos defrontar com selecionados deste nível. Vamos simplesmente continuar trabalhando duro e tentar vencer o próximo jogo.»

Guy Ramos, defesa da seleção que joga na Holanda, no RKC Waalwijk, fala do treinador como um «bom motivador» e da seleção como uma família: «Quando alguém está triste, o grupo levanta o moral. Estou feliz com os meus companheiros. É como um sonho louco. Esta é a nossa primeira participação na prova e já estamos nos quartos de final. No entanto, isso não nos surpreende, pois sabíamos que éramos capazes. Não há pressão sobre nós.»