Pedro Caixinha, treinador do Nacional, analisa a goleada sofrida na Luz, frente ao Benfica, na 18ª jornada da Liga:

«Se não foi o melhor jogo do Benfica, foram os melhores 45 minutos da época. A minha equipa procurou a sua identidade. Até ao primeiro golo, que foi aos 11 minutos, estava a desenvolver a sua forma de jogar de forma alegre. Não podíamos ter sofrido aquele golo, pois é algo que o Benfica faz de forma repetida, e houve um jogador que falhou no seu posicionamento. O Benfica ficou mais tranquilo, e nós mais intranquilos. Até ao 2-0 foi um ápice. Entrámos de novo no jogo com o 2-1, e o Benfica também ficou abanado, mas voltámos a falhar no lance do 3-1, e ficou tudo bem mais difícil.»

«Alterámos a nossa estrutura para este jogo, e procurámos quebrar a ligação ente linhas, com o Aimar e o Rodrigo, que está num momento de forma fantástico. Por isso jogámos em diamante. Ao intervalo alterámos para a estrutura normal, e até entrámos bem, com o cruzamento do Candeias que encontra dois homens quase em cima da linha. Mas logo a seguir o Benfica faz o quarto golo, e tem ainda a grande penalidade. Fomos dignos, na vontade de jogar o jogo de igual para igual, mas sabendo que os recursos não são os mesmos. Estávamos física e emocionalmente debilitados, pois encerrámos um ciclo de dez jogos em quarenta dias. Não era um jogo do nosso campeonato. Vamos encarar agora os doze últimos jogos, para dotar esta equipa de maior competitividade e agressividade.»

[a equipa acusou a derrota com o Sporting?] «Estávamos desgastados física e emocionalmente. Tentámos assumir o jogo no início, mas no primeiro lance, de bola parada, o Benfica marcou. Aí acredito que tenhamos ficado mais abalados emocionalmente, tendo em conta aquilo que estava para trás. Mas o jogo com o Sporting foi distinto.»

[o que podemos esperar do Nacional para o que resta da Liga?] «Podem esperar um Nacional que vai continuar a lutar pelos seus objectivos. Entrámos para esta jornada a quatro pontos do Vitória de Guimarães, que está em sexto lugar. É esse o nosso primeiro objectivo, e depois se vê onde podemos chegar.»