Manuel Cajuda está a pensar o seu futuro e, embora não descarte a possibilidade de tirar algum tempo para si, longe do futebol, reconhece o objectivo de voltar a treinar na Liga portuguesa. Com uma ambição particular.

«Quero ver se, e porque tenho idade para isso, chego a ser o treinador com mais jogos no campeonato português. Nesta altura o treinador com mais jogos está a treinar no estrangeiro, direi lamentavelmente porque deveria estar em Portugal, o Sr. Manuel José. Tudo farei para treinar mais 10 ou 12 jogos em Portugal e atingir essa meta», assumiu o técnico.

Apesar desta vontade, Cajuda diz que não tem em mão nenhuma proposta de um clube português. Lembra que os clubes «estão bem entregues e a época está a começar», como justificação. No entanto, o regresso poderia ter surgido já, caso Maló de Abreu, tivesse ganho as eleições da Académica. Manuel Cajuda foi convidado a assumir os «Estudantes» e aceitou, para tentar concretizar um sonho antigo. «Estive a uma eleição de conquistar um sonho de estudante, e concretizá-la já numa idade mais avançada é extremamente saudável», afirmou, confessando ainda que gostava de, um dia, orientar clubes algarvios como o Farense, Portimonense ou o Olhanense, que muito lhe dizem.

Numa conferência de imprensa que abrangeu temas completamente distintos, Manuel Cajuda falou da sua experiência em terras do Médio Oriente, considerando que foram «dois anos fascinantes».

«Desportivamente tudo o que me pediram foi alcançado e com algum brilho. Não é só quem ganha títulos que trabalha bem, senão só o Villas-Boas é que trabalhou bem e os outros trabalharam todos mal. Às vezes não se conseguem títulos que ficam para a história mas há trabalhos que perduram para a vida inteira. Não fechei portas aos treinadores portugueses, inclusive abri-as», referiu.