O presidente do Trofense desdramatizou nesta quinta-feira os efeitos da penhora efetuada pela Autoridade Tributária na sequência do incumprimento de seis prestações do Plano Especial de Recuperação (PER) e do Plano de Insolvência.

Em declarações à agência Lusa, Franco Couto confirmou a existência de uma visita dos agentes fiscais na terça-feira e a existência da dívida. «Eles foram confirmar a penhora feita em 2012, os pertences continuam lá», afirmou o dirigente, não se pronunciando sobre a penhora das taças e material informático, que uma fonte do clube deu conta à Lusa.

Recorde-se que o Trofense foi declarado insolvente pelo tribunal de Santo Tirso em 2016 e tem 13 anos para pagar cerca de 1,5 milhões de euros. O clube reagiu com a entega de um PER.

O crédito reclamado ultrapassa os 7,86 milhões de euros, 73% dos quais em nome individual ou através de empresas relacionadas com a sua família, pelo antigo presidente, Rui Silva, dirigente que liderava o clube na época em que este militou no escalão principal do futebol português.

Desde então, o clube foi obrigado a pagar 150 prestações, «de 2.800 euros mais 6.000 euros mensais», segundo Franco Couto, por dÍvidas do clube e da Sociedade Unipessoal por Quotas (SDUQ), e a ausência de pagamento nos últimos seis meses determinou a visita dos agentes fiscais.

O presidente do Trofense alega que o clube só terá condições de pagar a dívida quando a SAD for constituída. «Estamos à espera de uma assembleia geral para constituir uma SAD e quando assim for, a dívida de dois milhões será saldada"» acrescentou o presidente do clube, revelando que há um investidor interessado.

Franco Couto reconheceu também uma dívida de 45 mil euros de IVA pela transferência de Carter para o Benfica, afirmando ter agendada uma reunião nas Finanças para a próxima semana na qual será pago metade do valor.