O Sindicato de Jogadores vai apoiar os jogadores do Freamunde num processo que envolve o pagamento de salários em atraso.

O plantel da equipa do Campeonato de Portugal exige o pagamento de dois meses de salário, até 15 de dezembro, relativos à época passada, quando o clube ainda militava na II Liga, antes de ser despromovido.

O presidente do Sindicato, Joaquim Evangelista, e João Oliveira, advogado responsável pelo gabinete jurídico, reuniram esta quarta-feira com os atletas.

«Há jogadores que deixaram de receber em março e só receberam um mês esta época. Apesar das promessas do presidente do clube, a situação tem vindo a agravar-se e os investidores ainda não estão garantidos», afirmou Joaquim Evangelista no final da sessão, continuando:

«Além de esclarecermos os jogadores individualmente e definirmos os termos do apoio financeiro, foi tomada uma posição conjunta. O plantel exige até 15 de dezembro o pagamento de dois meses, sob pena de não comparecer aos jogos seguintes.»

Joaquim Evangelista alertou ainda para a complexidade do problema, em particular.

«Esta situação é inaceitável. O direito ao salário é intocável, não basta acionar o Fundo de Garantia Salarial para resolver os problemas. A situação é complexa, temos jogadores com contrato profissional que transitaram da época passada, outros contratados esta época e, ainda, jogadores inscritos como amadores que não recebem mensalmente o que foi acordado, nem conseguem, unilateralmente, desvincular-se», explicou, deixando ainda o aviso:

«Já falámos com a Liga e com a Federação. Estamos em sintonia e atentos aos casos mais difíceis. É prioritário antecipar estes problemas e os jogadores têm de os denunciar imediatamente.»